Instituto Pensar - Alessandro Molon critica pacote econômico de Bolsonaro

Alessandro Molon critica pacote econômico de Bolsonaro

Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara

O líder da Oposição, deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), fez duras críticas ao pacote de medidas econômicas apresentado nesta quarta-feira (6) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em coletiva à imprensa na Câmara dos Deputados, Molon afirmou que as três Propostas de Emenda à Constituição (PECs) do "Plano mais Brasil” levará o país ao agravamento das desigualdades sociais.

Segundo  o socialista, a Oposição irá defender que seja dada prioridade à reforma tributária, em especial à proposta unificada dos partidos PSB, PDT, PT, PSOL, PCdoB e Rede.

A versão da Oposição para a reforma tributária traz, entre outros pontos,  a taxação de grandes fortunas, dos lucros e dividendos; a cobrança de imposto sobre grandes heranças; a taxação de bens de luxo (iates, helicópteros, lanchas); e ainda cria novas faixas no Imposto de Renda para quem ganha mais.

” O governo Bolsonaro não cansa de fugir da reforma tributária porque quer proteger os super ricos e mirar a população mais pobre. Nós vamos lutar para que seja votada a reforma tributária, em especial a proposta unificada da Oposição, e não essas outras PECs que vão agravar as desigualdades”, afirmou.

Para Molon, o pacote econômico de Bolsonaro deveria ser chamado, na verdade, de "Plano mais Chile”, e não "Plano mais Brasil”. O Chile vive há três semanas consecutivas a maior onda de protestos enfrentada pelo país desde o retorno da democracia. Dezenas de milhares de chilenos saem às ruas em manifestação contra o alto custo de vida, fruto de políticas neoliberais implementadas nas últimas décadas.

"O que o Governo Bolsonaro quer é que o Brasil de amanhã seja o que o Chile é hoje, um país que está levando milhões de pessoas às ruas para lutar pelos seus direitos sociais”, declarou.

Entre as propostas do pacote  anunciado estão o fim do aumento real do salário mínimo por até dois anos quando o país estiver em "emergência fiscal”, o congelamento de salários, a redução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a soma dos pisos que União, estados e municípios têm que destinar a saúde e educação.

Para Molon, o governo deveria equilibrar as responsabilidades fiscal e social, e não "subordinar os direitos sociais à responsabilidade fiscal”. "O governo não tem compromisso com os direitos sociais. No nosso entendimento, é inconstitucional essa proposta, que diminui a proteção aos direitos fundamentais, sociais, o direito a educação, o direito a saúde, a moradia”, disse.

Molon classificou como grave um dos pontos da proposta de unir os mínimos constitucionais da saúde e da educação.”O governo impõe ao brasileiro uma escolha, saúde ou educação. Nós da Oposição não aceitamos isso. Nós queremos garantir um mínimo constitucional para a educação e um para a saúde”, afirmou.

Nós não queremos que o povo brasileiro seja obrigado a escolher se vai ter seus filhos educados ou se vai ter acesso a remédios e hospital público”, pontuou.

Fonte:PSB Nacional



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