CPI para elucidar crime ambiental que atinge praias no Nordeste
Domingos Leonelli*
O Brasil é maior do que a imbecilidade do ministro do Meio Ambiente [Ricardo Salles], que vomita asneiras sobre a maior tragédia ambiental já ocorrida no Nordeste brasileiro.
O turismo, com sua imensa cadeia produtiva de bares, restaurantes, hotéis, transportes; a pesca, a mariscagem e a reprodução de peixes nos manguezais; além do direito das pessoas ao lazer em uma praia limpa, tudo isso foi violentado por um crime ambiental inominável.
Porém, mesmo sob a presidência de [Jair] Bolsonaro, este país possui uma bem equipada Polícia Federal, poderosos órgãos de inteligência nas Forças Armadas e outros aparatos de informação. Todos com convenientes e inconvenientes níveis de articulação com serviços de inteligência de outros países e internacionais, como a Interpol. Se estivessem devidamente mobilizados e articulados é óbvio que já saberíamos alguma coisa sobre a tragédia.
O vice presidente [Hamilton] Mourão, aproveitando-se da ausência do titular ressentido com o Nordeste, tomou uma providência emergencial de alguma valia mobilizando contingentes do Exército para ajudar o povo e as autoridades regionais e municipais na limpeza das praias.
Mas isso não basta. O Brasil, e não apenas os nordestinos, precisa saber quem provocou o desastre para, se for o caso, punir as empresas e as pessoas. Ainda bem que o deputado federal João Campos, do PSB de Perbambuco, pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Vamos ver se o Legislativo anda mais rápido e eficientemente do que o Executivo.
* Coordenador do site Socialismo Criativo, presidente do Instituto Pensar e integrante da Executiva Nacional do PSB
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