Tony Sechi fala sobre juventude socialista e Economia Criativa
O site Socialismo Criativo inaugura uma série de entrevistas sobre Inovação e Economia Criativa, conceitos adotados pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) como eixos estratégicos para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Na estreia, uma conversa com o gaúcho Tony Sechi, 27 anos, natural de Pelotas e filiado ao partido desde os 16 anos. Estudante do curso de Gestão Pública na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ele preside o PSB Pelotas e a Juventude Socialista Brasileira (JSB). Confira a entrevista:
Você tem atuado como porta-voz do projeto Socialismo Criativo junto à juventude socialista. Como tem sido essa experiência? Como é a receptividade das pessoas?
Tem sido uma alegria levar o tema Inovação e Economia Criativa como eixo estratégico de desenvolvimento Brasil afora para a juventude socialista. Já estive em Sobral (CE), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Pelotas (RS). Até o final do ano, passarei por Fortaleza (CE), Belém (PA) e Rio de Janeiro (RJ). Esses encontros são uma forma de disseminar esse conteúdo importante e que outros países já têm adotado como estratégia de desenvolvimento. Há também exemplos de iniciativas aqui no Brasil. A ideia é compartilhar esse conhecimento para nivelar o entendimento político da nossa base partidária nos municípios. A princípio, o conceito de Inovação e Economia Criativa até parece complicado, mas, na verdade, em muitas localidades já é uma realidade. Todavia, esse conceito ainda não é adotado como estratégia de desenvolvimento por falta de políticas públicas. Estamos nos preparando para adotar esse conceito nas Eleições Municipais de 2020, tornando-o mais próximo da vivência da militância socialista.
De que forma você avalia a aceitação da Economia Criativa como eixo estratégico de desenvolvimento para o país entre os jovens socialistas?
É extraordinário o contato com a militância socialista Brasil afora porque é possível exemplificar com casos concretos a Inovação e Economia Criativa como eixo estratégico de desenvolvimento. Como o exemplo do peso do rock and roll para o Reino Unido, que gera mais riquezas para os britânicos do que a indústria de transformação. Diversas cidades do Rio Grande do Sul, como Gramado, um município turístico e que gera riqueza a partir da Economia criativa, também são exemplos. Ou a minha cidade, Pelotas, que conta com universidades e o Instituto Federal para produção de conhecimento. Nós precisamos aproveitar esses exemplos tanto no Brasil quanto em outros países para mostrar na prática os benefícios desse projeto. A aceitação dos socialistas tem sido muito positiva a partir desses exemplos que contemplam diversas ações dos governos socialistas voltadas para Economia Criativa.
O projeto Socialismo Criativo pode contribuir para um modelo de gestão socialista nos municípios? Por quê?
O conteúdo que vem sido produzido sob a liderança de Domingos Leonelli (coordenador do site Socialismo Criativo) vai estar muito na mente do jovem socialista. Não só dos jovens, pois o trabalho de disseminar essa mensagem tem sido feito para todo o PSB e seus segmentos. O conceito Inovação e Economia Criativa será adotado pelo Partido nas Eleições 2020. Acredito que a nossa militância socialista estará familiarizada com o tema e com o conteúdo de qualidade produzido pelo site.
A ideia de um socialismo moderno e criativo para combater as desigualdades sociais têm repercussão entre os jovens socialistas?
A militância socialista está começando a entender o que é Inovação e Economia Criativa e como políticas públicas podem ser implementadas e como gerar emprego e renda a partir do conhecimento científico. O Capitalismo Criativo é uma realidade. Nós, como socialistas, precisamos modernizar o nosso discurso e a nossa forma de pensar o mundo, desvinculando nosso projeto de exemplos comunistas e socialistas fracassados. É preciso traduzir para a população e para os nossos jovens o verdadeiro conceito de Socialismo Criativo, voltado para o desenvolvimento econômico e com garantias de direitos trabalhistas e de uma relação saudável entre Capital e Trabalho. Que as pessoas possam ser empreendedoras e quem quiser ter uma oportunidade, o Estado consiga dar as condições.
Como você avalia o impacto da inovação e da economia criativa para a geração de emprego e renda para a juventude das cidades?
A geração "Nem-Nem, que nem trabalha nem estuda, formada por jovens de até 30 anos, vem crescendo num ritmo intenso. Eduardo Campos já alertava para esse fenômeno em 2014. Muitas vezes há falta de oportunidade. Em outras, quando a oportunidade existe, exige-se que o jovem tenha experiência que não tem. Há ainda novas profissões surgindo. Uma nova realidade que demanda que os socialistas a transformem em oportunidade para os jovens. Seja por meio do primeiro emprego ou incentivos para jovens com perfil empreendedor. São urgentes políticas públicas direcionadas para essa questão.
Fonte: Socialismo Criativo
0 Comentário:
Nome: | Em: | |
Mensagem: |