Instituto Pensar -

Seminário Internacional em Brasília de “Economia Criativa como Estratégia de Desenvolvimento” reuniu especialistas e comitivas de diversos estados do pais.

por Pedro Castro em 22/03/2019.

Brasília-DF- Está ocorrendo desde ontem (21) e será encerrado hoje (22) o Seminário Internacional Economia Criativa como Estratégia de Desenvolvimento, no Hotel Nacional, em Brasília-DF. O encontro visa ampliar a discussão sobre o tema, vinculando-o a soluções para os problemas mais candentes de segurança pública, educação e projeto de desenvolvimento. O evento é coordenado pelo presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli.

"Para tratar do tema, temos 12 palestrantes convidados – dez brasileiros, um de Portugal e uma da Colômbia – de áreas como economia, arquitetura, tecnologia e outras que incidem no tema central da Economia Criativa. Esse seminário, na verdade, é o cumprimento de uma etapa do processo de consolidação da Economia Criativa como estratégia de desenvolvimento, que o PSB adotou no seu último congresso, em março de 2018”, explica Leonelli.

Domingos Leonelli acredita na grande potencialidade do Brasil para a Economia Criativa e citou o caso da Bahia. "Um estado que tem a criatividade no seu DNA talvez pela diversidade de sua formação. Talvez pela força da cultura afro-baiana contrabalançando a influência da cultura judaico-crista. Temos o caldeirão criativo na música, na dança, no teatro e nas artes plásticas e acrescentou-se a pesquisa em ciência e tecnologia, onde se destaca por exemplo o Cimatec”, afirmou.

A primeira palestrante do evento, Viviane Mosé, doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirmou que "estamos num processo de transição, saindo de um modelo piramidal para uma sociedade horizontal com diversos polos e neste contexto a internet permite um mundo mais amplo. Na nova sociedade não há topo”. Segundo ela, "a Economia Criativa é um modelo onde o que move a economia é a criatividade e a inovação. Este conceito está presente nas soluções diárias para a nossa vida e também na formação dos novos grandes conglomerados econômicos, como o Facebook”.   

Já o compositor e músico Manno Góes frisou que a cultura integra a Economia Criativa, mas o conceito é mais amplo. "A Economia Criativa também significa inclusão econômica e social. Precisamos de um novo modelo. Portanto, este evento é muito importante e está antenado com a pós-modernidade”, frisou.

"Devemos aproveitar a vocação de cada município e implantar projetos de Economia Criativa. No Brasil e indústria tem caído vertiginosamente e faz-se necessário surgir uma nova economia. Devemos implantar projetos-pilotos em 5 municípios e disseminar a Economia Criativa no Brasil”, afirmou Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.

"Nesse contexto onde aplicativos tomam o lugar que antes era de empresas físicas e seres humanos são substituídos por sistemas operacionais, precisamos repensar nosso modo de produção e definir quais os melhores caminhos para o Brasil. A economia criativa é uma consequência e uma alternativa a essas mudanças”, observa o presidente da Fundação João Mangabeira, Ricardo Coutinho.

O seminário é uma realização do PSB e da Fundação João Mangabeira, sob a curadoria do Instituto Pensar.

Saiba mais no hotsite do evento http://fjmangabeira.org.br/economiacriativa/



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