Três acionistas das Americanas faturam milhões com fraude
por: Janary Damacena
A crise financeira das Lojas Americanas, escancarada nos últimos dias, pode ser muito mais grave do que "apenas? má gestão. Os três maiores acionistas da empresa podem estar metidos em uma enorme fraude que lhes rendeu milhões de reais. Os principais acionistas das Lojas Americanas são Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles.
A crise causada por inconsistências em balanços financeiros que apontaram rombo de R$ 20 bilhões, que levou à renúncia de Sergio Rial após ficar apenas dez dias no cargo de CEO. A Americanas obteve na sexta-feira (13) decisão da Justiça protegendo-a por 30 dias contra vencimento antecipado de dívidas, prazo que a varejista poderá usar para obter uma acordo com credores ou pedir uma recuperação judicial. A decisão da Justiça mencionou uma potencial dívida de R$ 40 bilhões.
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No último sábado (14), o banco BTG Pactual recorreu na Justiça contra uma liminar que protegeu as Americanas S.A. dos credores. De acordo com a petição, os principais controladores da empresa eram "semideuses? e se refere ao rombo bilionário descoberto na empresa como "fraude?.
A petição classifica o episódio como "a maior fraude corporativa de que se tem notícia na história do país?, em que a prática de fraude parece ser a manipulação de informações contábeis ? o que fazia com que o trio apresentasse números falsos para receber recursos indevidos.
O histórico de tormentas contábeis em empresas ligadas ao trio também está sendo analisado sob uma nova perspectiva. Para se ter uma ideia, só no ano passado, o trio de acionistas vendeu R$ 212 milhões em ações da companhia durante o segundo semestre.
Uma das explicações mais elucidativas sobre como a fraude foi realizada, ao longo de 10 anos, está na investigação apresentada pelo Instituto Conhecimento Liberta.
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