Instituto Pensar - ?Atrase salário, demita professor?, disse Hang para não pagar impostos

?Atrase salário, demita professor?, disse Hang para não pagar impostos

por: Igor Tarcízio 


Candidato do PT em Santa Catarina divulga no horário eleitoral conversa entre o empresário bolsonarista Luciano Hang e o secretário de Fazenda do estado, Paulo Eli (Imagem: Reprodução)

A campanha do candidato do PT ao governo de Santa Catarina, Décio Lima, divulgou um áudio de 2018 em que o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, pede para que o então secretário da Fazenda do estado, Paulo Eli, atrase o salário ou "demita metade? dos professores catarinenses, para impedir um aumento de impostos em SC.

Em nota enviada ao UOL, a assessoria de imprensa de Hang afirma que o áudio está "fora de contexto? e que o empresário discutia com o secretário da Fazenda para evitar o aumento de 5% de impostos sobre o setor têxtil.

No áudio, Paulo Eli diz que precisa pagar o salário dos professores e que está "na iminência? de atrasá-los. Hang responde: "Atrasa o salário. Atrasa o salário. Paulo, vai me desculpar, atrasa o salário. Demita", diz.

O secretário então afirma querer o imposto das lojas, ao que Hang rebate: "Vocês estão pensando no imposto de vocês só para pagar o diabo dos professores. Demite metade!". Confira abaixo:

Luciano Hang tentou obter vantagens, diz PT

A peça do PT divulga imagens do empresário bolsonarista junto a Jorginho Mello (PL), adversário de Décio na disputa pelo governo catarinense, e diz que Hang "tenta obter vantagens para sua empresa a qualquer custo?. O vídeo foi compartilhado nas redes sociais também por outros nomes do PT, como o senador Humberto Costa (PE).

A assessoria de imprensa do empresário não negou a veracidade do áudio, atribuindo-o a uma reunião que ocorreu em abril de 2018 com Paulo Eli. "O estado alegava que precisava de dinheiro para pagar salários, mas batemos o pé e, por fim, não aumentaram o imposto como também não atrasaram salários de ninguém. Depois, também perderam na Assembleia Legislativa. O que eles queriam, na realidade, eram argumentos para que a indústria têxtil aceitasse o aumento de 5%?, disse o empresário, segundo a nota da assessoria.



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