Carlos Siqueira defende Molon e pede que PT seja mais generoso com PSB

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, pediu que o PT fosse "mais generoso? em relação ao impasse sobre a continuidade da candidatura do deputado federal, Alessandro Molon (PSB), ao Senado.

Siqueira disse que ainda acredita em uma aliança com o Partido dos Trabalhadores que acolha tanto a candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro, quanto a de Molon.

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Ele reiterou a defesa ao nome de Molon e disse que "a bola está com o PT, que precisa decidir essa questão?. O impasse gira em torno da manutenção do nome do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT) na disputa pela vaga ao Senado.

Por acordos anteriores, uma parte do PT já manifestou a possibilidade de retirar o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à candidatura de Freixo, caso Molon permanecesse na disputa.

Porém, Carlos Siqueira relembra que havia um combinado de que cada um dos partidos teria direito a uma indicação. Reforçou que o PSB oferece ao palanque de Lula no Estado "os dois melhores parlamentares do Brasil?.

Ele cobrou, então, o apoio como um tipo de resposta à frustração que o PSB já teve em estados como Santa Catarina.

"Essa questão [as candidaturas de Molon e Ceciliano] será resolvida no Rio de Janeiro. O PT que precisa ser mais generoso conosco, já que não nos deu o apoio em Santa Catarina. Estamos oferecendo os dois melhores deputados do Brasil a eles, acho que chegou a hora de resolvermos. Lula precisa fazer campanha em paz, sem essa pressão?, disse Siqueira.

Disse que não percebe nenhum problema que Lula apoie tanto Molon quanto Ceciliano na corrida pela vaga ao Senado no Rio.

"Molon é o presidente regional do PSB e o mais bem colocado nesse campo da esquerda. Segue sendo nosso nome para o Senado, mas isto será resolvido nos estados?, pondera.

O socialista disse que não acredita que o PT ameace, de fato, retirar o apoio a Freixo, caso Molon siga como candidato. "Eles [os petistas] sabem do nosso esforço por alianças em todos os estados. Não fariam isso.?

O presidente do PT no estado do Rio, João Maurício de Freitas, já afirmou que os petistas podem, sim, romper com Freixo, caso o PSB não desista da candidatura de Molon. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, também insiste para o que recuo seja do PSB.

Crise tem ápice durante a presença de Lula no Rio

O ex-presidente Lula chegou nesta terça (05) ao Rio de Janeiro, onde participará de ato político com Marcelo Freixo na quinta (07).

No último domingo (03), Freixo chegou a pedir que Molon "cumpra o acordo? e abdique da candidatura ao Senado. Segundo o pré-candidato ao governo fluminense, caso fosse formada uma aliança ampla ao governo.

Molon reagiu e disse, em entrevista ao jornal O Globo que ficou "perplexo? com a pressão de Marcelo Freixo.

"Fiquei perplexo. A única candidatura ao Senado com condições reais de vencer o bolsonarismo é a minha. Ceciliano está muito atrás nas pesquisas. Dos seis partidos da coligação de Freixo, três me apoiam. Isso não é questão de capricho nem de vaidade. Não há qualquer sentido em me pedir para desistir?, afirmou Molon.

O deputado disse que "nunca esperou isso? de Freixo. "Quando ele me pediu para se filiar ao PSB, eu já era pré-candidato ao Senado. Ele foi recebido de braços abertos. Sinceramente, não esperava que tomasse essa atitude?, afirmou.