OCDE: Inflação no Brasil está entre as mais altas do mundo
por: Lillian Bento
A inflação do Brasil segue entre as maiores do mundo e bem acima da média das grandes economias do mundo. É o que mostra o novo relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta terça-feira (05).
No G20, grupo dos países mais ricos do mundo, o Brasil está atrás somente da Turquia, Argentina e Rússia.
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Em média, no G20, a inflação em 12 meses atingiu 8,8% em maio, contra 8,5% em abril. No grupo dos países do G7, a taxa cresceu de 7,1% para 7,5% no mesmo período.
Enquanto isso, no Brasil a inflação no acumulado de 12 meses atingiu 11,7%, apesar de ter desacelerado em maio.
A OCDE reúne um conjunto de 38 países e, em média, a inflação ao consumidor chegou a 9,6% em maio e atingiu o maior patamar desde agosto de 1988.
De acordo com o relatório, a inflação ano a ano aumentou em todos os países da OCDE, exceto na Colômbia, Japão, Luxemburgo e Holanda.
O documento destaca que a inflação se tornou um fenômeno mundial em razão, principalmente, da disparada dos preços dos combustíveis, energias e alimentos. No entanto, ainda assim, as taxas de dois dígitos, como as do Brasil, ainda são exceções nas maiorias das economias do mundo.
No G20, apenas a Turquia (73,5%), Argentina (60,7%) e Rússia (17,1%) possuem inflação acima de 10% ao ano. Entre os países que integram a OCDE, dez tem taxas de dois dígitos ao ano. São eles: Estônia (20%), Lituânia (18,9%) e Letônia (16,9%).
Além destes países, apenas outros três integrantes tem taxas acima da brasileira: República Tcheca (16%), Polônia (13,9%) e Eslováquia (12,6%).
Banco Central do Brasil assume estouro da meta pelo segundo ano seguido
O Banco Central do Brasil (BC) assumiu oficialmente que a meta de inflação não será cumprida em 2022 pelo segundo ano seguido.
Na tentativa de cumprir a meta do de 2023, o BC elevou em junho a taxa básica de juros para 13,25% ao ano, que é o maior patamar desde 2016.
A instituição indicou também que a Taxa Selic deverá ficar alta por um período maior de tempo. A Selic é a taxa básica de juros da economia e o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Para 2023, a meta foi fixada em 3,25% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. A estimativa do BC é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seja de 8,8% em 2022; 4% em 2023 e 2,7% em 2024.
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