Instituto Pensar - Religiosos ligados a Bolsonaro rejeitam acordo com TSE contra fake news

Religiosos ligados a Bolsonaro rejeitam acordo com TSE contra fake news

Entre os religiosos que rejeitaram a proposta de cooperação, maioria era evangélica (Imagem: Isác Nobrega/PR)

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou 33 líderes ou representantes de entidades religiosas para assinar pacto contra fake news e desinformação nas eleições, mas somente obteve apoio efetivo de 13 religiosos.

A objetivo do TSE era receber a assinatura de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), como o empresário Carlos Wizard, além do líder da bancada evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante (União-RJ), mas eles rejeitaram a proposta da Corte.

Leia também: Carlos Wizard cai na malha fina por aumento patrimonial incompatível de R$ 12,4 milhões

Outros nomes convidados pelo tribunal foram os do bispo Abner Ferreira, presidente da Assembleia de Deus, o pastor Samuel Câmara, presidente da Convenção da Assembleia de Deus do Brasil (CADB), e o bispo Eduardo Bravo, presidente da Unigrejas. Todos recusaram a proposta.

Dias antes do evento, Bravo disse ao jornal Folha de S. Paulo que assinaria o documento. No entanto, o presidente da Unigrejas acabou recuando e decidiu ficar como observador pois havia "temas sensíveis em pauta, como o chamado combate à desinformação?.

Depois, em nota, o presidente da Unigrejas disse que resolveu ficar como observador pois havia "temas sensíveis em pauta, como o chamado combate à desinformação?.

Já o deputado Sóstenes afirmou que não participou por "razões pessoais?. As listas dos convidados e de quem assinou o documento foram entregues pelo tribunal à Folha via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Apoio da minoria

O tribunal recebeu apoio de entidades de juristas evangélicos, islâmicos e espíritas. Também participaram do evento em 6 de junho e assinaram o documento representantes dos adventistas, judeus, budistas e de religiões afro-brasileiras.

No acordo, as lideranças religiosas se comprometeram a promover a "exclusão da violência durante as pregações, sermões e homilias, ou ainda em declarações públicas ou publicações que venham a fazer?.

A ideia do TSE é reduzir a resistência ao sistema de voto para as eleições deste ano, no momento em que o presidente Bolsonaro realiza ataques às urnas eletrônicas e faz ameaças golpistas.

Com informações da Folha de S. Paulo.



0 Comentário:


Nome: Em:
Mensagem: