Socialista de PE defende política de prevenção da depressão pós-parto
Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz mostra que uma em cada quatro mães, ou seja, 25% das mães de recém-nascidos em todo o país desenvolvem depressão pós-parto. A maioria tem baixa condição socioeconômica e histórico de transtornos mentais.
Pensando na necessidade do cuidado da saúde mental de mulheres durante o pré, o pós-parto e o puerpério, a deputada estadual Gleide Ângelo (PSB-PE) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa de Pernambuco que cria a Política de Prevenção à Depressão Pós-parto para Mulheres Gestantes, Parturientes e Puérperas.
A proposta da deputada determina que toda e qualquer gestante tenha direito ao acompanhamento terapêutico desde o início do pré-natal, como também após o parto e durante o puerpério. Aquelas mulheres identificadas com sintomas depressivos devem ter encaminhamento imediato e prioritário para tratamento psicológico e psiquiátrico.
"A sociedade costuma silenciar o sofrimento das mães e romantizar a maternidade. Precisamos romper esse tabu e encararmos de frente as necessidades e urgências que envolvem a saúde mental das mulheres?, explica a deputada.
A depressão pós-parto pode ser identificada através de sinais como insônia, perda de apetite, taquicardia, irritabilidade intensa e dificuldade de criar um vínculo com o bebê, por exemplo. E estes sintomas podem perdurar por até mil dias, ou seja, até os primeiros anos de vida da criança.
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Direitos das mulheres
A socialista Gleide Ângela é delegada da Polícia Civil e foi a deputada estadual mais votada da história de Pernambuco, com 412.636 votos. Ela está em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, após quase 20 anos na polícia.
O ingresso na política, afirma, se deu porque ela sentia a necessidade de atuar para proteger as mulheres antes dos trágicos desfechos de assassinatos de mulheres que ela investigava na Delegacia de Homicídios de Pernambuco (DHPP).
"A conclusão que eu cheguei, depois de 18 anos na polícia, foi que eu só estava chegando tarde demais. ?Eu preciso agora arrumar uma forma de trabalhar não mais para prender o assassino, mas para que a mulher não morra?, e não tem outra forma de fazer isso senão por política pública, prevenção?, disse deputada socialista em entrevista ao Correio Braziliense.
Com PSB Nacional
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