Lula e Alckmin no RS: PT cria impasse
A visita dos pré-candidatos Lula e Alckmin ao Rio Grande do Sul está criando uma grande expectativa entre socialistas e petistas em torno das candidaturas de Beto Albuquerque e Edegar Pretto ao governo do estado. Ocorre que Beto tem o triplo das preferências nas pesquisas (entre 13% a 15%) e Edegar Pretto pouco mais de 4%.
Segundo o presidente do PSB do Rio Grande do Sul, Mário Bruck, o PT encerrou unilateralmente as negociações com o PSB e reafirmou a minoritária candidatura de Edegar Pretto. Segundo lideranças políticas gaúchas, o PT só retiraria a candidatura de Edegar Pretto e o colocaria como candidato a vice ou a senador na chapa de Beto se recebesse uma orientação direta do ex-presidente Lula.
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E é esse o motivo da expectativa dos socialistas gaúchos e brasileiros diante da possibilidade de o PSB em, não recebendo o apoio do PT, ser obrigado a se aliar ao PDT ? que tem Ciro Gomes como presidenciável.
Acrescente-se a isso, o fato das pesquisas indicarem uma ligeira vantagem para Bolsonaro a partir do interior do Rio Grande do Sul. E isso pode tornar óbvia a necessidade de uma aliança como a que já ocorre na esfera nacional com chapa Lula e Alckmin.
Segundo um dirigente nacional do PSB, o PT nacional estaria "usando a candidatura de Edegar Pretto como instrumento de pressão para obter o apoio do PSB de São Paulo à candidatura de Fernando Haddad ao governo do estado. Ocorre que o candidato socialista Márcio França mantém a candidatura sob o argumento de ser mais competitivo no segundo turno do que Haddad. Acontece que Márcio França tem 17% e Edegar Pretto tem apenas 4%?, avaliou o socialista.
Chapa Lula-Alckmin
Durante o lançamento da chapa para concorrer à presidência da República, no último dia 07, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), esteva com covid ? e por isso afastado das festividades; mas não deixou de marcar sua presença no evento.
Em discurso, feito por vídeo-transmissão, Alckmin reafirmou a união entre o socialista com o ex-presidente Lula (PT). "Até o final dessa missão, nós, presidente Lula, nós vamos estar juntos, apoiando e defendendo o seu governo, até que o seu trabalho tenha sido completamente realizado. Porque é disso que o Brasil precisa. E é essa a missão que determina a nossa aliança?, proclamou.
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Alckmin fez um discurso de pouco mais de 15 minutos, à distância, de casa e saiu maior do que entrou da festa da qual nem estava presente. Em suas falas, Alckmin quebra desconfiança da esquerda, ganha protagonismo na campanha e solução para adesão de outras forças políticas.
O ex-governador e agora pré-candidato a vice-presidente foi enfático ao defender a aproximação dos dois: "Obrigado, presidente Lula, por me dar o privilégio da sua confiança?. E garantiu: "Serei um parceiro leal?.
Alckmin defendeu a unidade ao redor da chapa. "Faço um chamado às demais forças políticas brasileiras: venham se juntar a nós. Ninguém duvide que sem Lula não haverá alternância de poder no país?.
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