Instituto Pensar - PRF exonera agentes mas Bolsonaro chama Genivaldo de marginal

PRF exonera agentes mas Bolsonaro chama Genivaldo de marginal

Genivaldo Barbosa é fechado em porta malas da PRF com gás. Créditos: Reprodução/Twitter

Seis dias após o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, que morreu por asfixiamento mecânico quando colocado no porta-malas da viatura com gás lacrimogênio em abordagem em Umbaúba, em Sergipe, diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho, e o diretor de inteligência da instituição, Allan da Mota Rebello, foram exonerados de suas funções.

As portarias de exoneração foram publicadas na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial da União e são assinadas pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).

Nesta segunda-feira (30), o o ministro da Justiça, Anderson Torres disse que as investigações sobre o caso foram abertas e não haveria o que falar sobre o crime ocorrido em Sergipe.

"Em relação aos fatos ocorridos em Sergipe, tanto o processo administrativo no âmbito da PRF e o inquérito policial na PF foram instaurados, os procedimentos estão acontecendo, a apuração será mais breve possível. E enquanto não houver a conclusão não há o que dizer, não há o que se falar. O que tinha que ser feito pelo Estado foi feito e agora é aguardar a finalização?, disse o ministro.

Torres estava ao lado de Jair Bolsonaro (PL), que equiparou o caso à morte de dois PRFs em Fortaleza, que foram assassinados após um homem roubar a arma de um deles durante abordagem atabalhoada.

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Bolsonaro ataca Genivaldo

Em seguida, Bolsonaro atacou a "Globo? e jornalistas e se referiu a Genivaldo, que sofria de esquizofrenia, como "marginal?.

"Eu lamento o ocorrido há duas semanas aproximadamente com dois policiais rodoviários federais que, ao tentar tirar um elemento da pista, ele conseguiu sacar a arma de um deles e executou os dois. A Globo chamou esse bandido de suspeito. E o outro policial, de outra esfera, ao abater esse marginal, realmente foi numa linha completamente diferente?, disse.

Bolsonaro ainda falou que "lamenta? o ocorrido nos dois episódios, mas que não se pode generalizar ao trabalho feito pela Polícia Rodoviária Federal que, segundo, ele é "excepcional?.

"Então, para efeito isonômico, vai ser seguida a lei. Lamento o ocorrido nos dois fatos, nos dois episódios. A gente lamenta muito o ocorrido. Não podemos generalizar o que ocorre em nosso Brasil. A PRF faz um trabalho excepcional para todos nós?.

Ao final, ele voltou a atacar os jornalistas, dizendo que eles "têm lado?.

"Vai ser feito justiça sem exagero e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem um lado, o lado da bandidagem, como lamentavelmente grande parte de vocês se comportam, tomam as dores do outro lado?.

Por Plinio Teodoro




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