Socialistas repudiam chacina no Rio de Janeiro
por: Ana Paula Siqueira
O PSB quer que o governo do Rio de Janeiro refaça o plano parra conter a letalidade policial no Rio de Janeiro. A solicitação foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo dia em que uma operação conjunta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que resultou na chacina que matou, ao menos, 26 pessoas, na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, no Rio. Os socialistas repudiam a chacina.
O documento apresentado ao Supremo também é assinado pela Defensoria Pública do Rio, pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos e mais de 20 movimentos sociais.
Os socialistas consideram que o relatório enviado pelas autoridades policiais ao Ministério Público é contraditório já que ao mesmo tempo em que classificou a operação como emergencial, mas que vinha sendo planejada há meses.
E, a despeito das mortes e do fato de nenhum dos alvos de mandados de busca a apreensão ter sido encontrado, as autoridades envolvidas na operação a classificaram como "exitosa?.
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O deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), pré-candidato ao governo do Rio, fez duras críticas à chacina.
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) critica o absurdo de toda a situação.
O advogado Augusto Botelho (PSB-SP) alerta para o que está realmente em jogo.
O governo do estado do Rio só resolveu elaborar um plano para evitar mortes em operações policiais após a determinação do STF, quando as mesmas entidades processaram o governo fluminense por violação dos direitos humanos por conta da chacina do Jacarezinho.
Como o cenário de desrespeito aos direitos humanos e alto número de mortes continua o mesmo, PSB e demais instituições defendem a necessidade de que o plano de contenção da letalidade seja reelaborado.
Em abril deste ano, uma petição também foi apresentada porque o plano apresentado pelo governo fluminense era genérico, não tinha cronograma nem previsão de recursos para a implementação.
"A postura dos agentes estatais um ano depois da Chacina do Jacarezinho apenas confirma o descompromisso com qualquer mudança significativa no rumo da condução da segurança pública fluminense, desafiando as decisões tomadas por este Supremo Tribunal Federal?, afirma o documento apresentado ao STF, nesta terça-feira (25).
Mais uma vítima
Nesta quinta-feira (26), foi confirmada a morte de Douglas Costa Inácio Donato, 23, ex-militar da Marinha. Ele trabalhava em uma loja de calçados, deixou um bebê de dois meses e seu nome estava de fora da lista de 10 pessoas identificadas pela PM.
O padrasto de Douglas, Augusto César Santos de Araújo, contou ao UOL que o baú da moto do jovem, onde estavam materiais de um curso de vigilante, foi arrombado e a roupa do jovem trocada.
"Abriram o baú, as apostilas do curso de vigilante sumiram, trocaram a roupa dele e colocaram uma blusa da polícia. Trocaram a blusa. Ele ainda foi levado para a mata. Ele nunca entraria lá [na mata]?, contou ao UOL.
O padrasto disse ainda: "foi um massacre já calculado, só para fazer ruindade, eles foram para matar. Os policiais já estavam na mata, eles encurralaram todos e dispararam de cima [da mata] para baixo?.
Com informações do Congresso em Foco, Fórum, Poder 360 e PSB Nacional
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