PGR tem que se manifestar sobre mentiras de Bolsonaro contra o sistema eleitoral
por: Ana Paula Siqueira
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem 15 dias para se manifestar sobre a atuação de Jair Bolsonaro para desestabilizar o sistema eleitoral do país, como concluiu a Polícia Federal. A determinação é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PGR terá de dizer se há elementos para denunciar Bolsonaro, se as investigações devem continuar ou recomendar o arquivamento do processo.
No mesmo despacho, Moraes autorizou o compartilhamento, pela PF, das provas do inquérito sobre a live em que ele distorceu informações sobre as urnas eletrônicas com as investigações sobre as milícias digitais.
Para o STF, Bolsonaro teve atuação "direta e relevante? na divulgação de fake news vazar e inquérito sigiloso sobre o sistema eleitoral brasileiro.
"A Polícia Federal realizou diversas diligências e concluiu que os elementos de interesse obtidos durante a investigação corroboram a essência da forma de atuar desse grupo de pessoas, em convergência com o modo de agir já apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral por ocasião do inquérito administrativo instaurado também em decorrência da promoção da live?, afirmou Moraes no documento.
A PF conclui que Bolsonaro cometeu crime ao vazar o inquérito sigiloso sobre ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte, inclusive, esclareceu que o ataque não gerou riscos à segurança das urnas eletrônicas.
No inquérito sobre a milícias digitais, as investigações apuram a atuação orquestrada para desestabilizar a democracia e as instituições.
Em outro inquérito, Bolsonaro é investigado por divulgar mentirosamente que relatórios do Reino Unido relacionam a vacina contra a covid com a aids. O que foi desmentido por autoridades daquele país. A live foi tirada do ar pelo Facebook, YouTube e Instagram. As provas também serão compartilhadas nesse inquérito.
Com informações do g1
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