PT negocia apoio do PSD
por: Ana Paula Siqueira
Diante da indefinição da candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), à presidência, o PT tem mantido conversas com o PSD na negociação do vice da chapa de Lula.
Com percentual de intenções de voto irrisório que não passa de 1%, Pacheco hesita em lançar oficialmente sua candidatura à presidência. Teme ser acusado de usar o Senado para se beneficiar eleitoralmente e prejudicar Jair Bolsonaro (PL), conforme relataram aliados de Pacheco à Folha.
Lula tem mantido uma posição cortês em relação ao PSD. Em 2021, após se reunir com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse respeitar a intenção do partido em lançar candidatura própria.
Ainda segundo a reportagem, as negociações se restringem a alguns articuladores petistas e alguns aliados de Lula, que deve se encontrar com Kassab nos próximos dias, ainda têm dúvidas sobre a aliança se concretizar.
Em novembro, Lula declarou que Kassab estava sendo "muito digno e muito honesto nas conversas que tem tido conosco?. E acrescentou que esperava ter o apoio do PSD num eventual segundo turno, caso Pacheco ficasse fora dessa etapa da disputa.
Kassab diz que a candidatura de Pacheco está de pé, porém, que cabe ao presidente do Senado decidir.
Com o PSD, o PT garantiria apoio de uma legenda de centro e mais tempo de televisão na propaganda eleitoral. Porém, por reunir apoiadores tanto de Bolsonaro como de Lula, o partido de Kassab tende a segurar a decisão para um eventual segundo.
Dessa forma, de acordo o jornal, tenta ampliar suas bancadas nos legislativos o quanto possível. Mais forte, terá poder de negociação com o próximo governo, independente de quem for eleito.
Além disso, alguns dirigentes petistas ainda defendem a filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao PSD para vice de Lula.
Kassab, porém, tem resistido. Tem dito que o partido "não servirá de barriga de aluguel? para o cargo.
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