CPI da Pandemia: sai ?genocídio?, entra ?crimes contra a humanidade?
por: Revista_Fórum
Por Julinho Bittencourt
Em reunião realizada na terça-feira (19) com os integrantes do grupo majoritário da CPI da Pandemia, conhecido como G7, que reúne opositores e os considerados independentes, ficou decidido trocar do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) o termo "genocídio? por "crime contra a humanidade?.
A informação foi dada aos repórteres pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).
"A questão do genocídio está pacificada e deverá ser retirada do relatório. Estamos discutindo agora as tipificações em relação ao presidente Bolsonaro", declarou Aziz.
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, a reunião serviu para criar um consenso em torno do texto produzido por Renan. "Os sete membros titulares da CPI votarão unidos no relatório do senador Renan Calheiros?, contou.
A votação do relatório está prevista para ocorrer na próxima terça-feira (26).
Randolfe também explicou que o nome do pastor Silas Malafaia, que tem aconselhado o presidente Bolsonaro, permanecerá citado no relatório da CPI, mas não mais constará na lista de indiciados.
O crime de "homicídio? também poderá ser retirado do rol dos 11 indiciamentos de Bolsonaro. No lugar, os senadores poderão classificar os atos negacionistas como sendo de "epidemia com resultado de morte?, afirmou Aziz.
Também estaria pacificada, informou o senador amazonense, a retirada do crime de advocacia administrativa do filho "01? do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Os senadores ainda discutem os crimes atribuídos ao parlamentar pela divulgação de fake news.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) classificou as mudanças no relatório como sendo apenas de "ajustes? na escrita e "nos tipos penais?.
Relatório parcial
O relatório parcial da CPI foi divulgado pela imprensa e acusa o presidente Jair Bolsonaro e os filhos ? o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) ? de comandar uma rede de fake news, que teria atuado durante a pandemia do novo coronavírus.
O documento também pede o indiciamento de mais de 70 pessoas e atribuiu a elas mais de 29 tipos penais.
O documento final também confirma a informação antecipada pelo Uol de que quem se opôs ao chamado "gabinete paralelo da Saúde? teve de deixar o Ministério da Saúde. O texto usa como exemplo os ex-ministros da pasta Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
O G7 é composto por Omar Aziz, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE).
Com informações do Uol
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