Ronnie Lessa recebeu R$ 100 mil em dinheiro vivo sete meses após o crime
por: Revista_Fórum
Por Carolina Fortes
Uma nova ordem de prisão preventiva, desta vez por lavagem de dinheiro, foi decretada contra o policial reformado Ronnie Lessa, responsável por apertar o gatilho da submetralhadora que assassinou a vereadora e o motorista Anderson Gomes. A decisão da justiça inaugura mais um capítulo do enredo que leva à pergunta "quem mandou matar Marielle Franco?? nesta quinta-feira (14).
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Segundo uma investigação da Delegacia de Combate ao Crime Organizado e a Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil do Rio, e do Ministério Público estadual (MPRJ), de 2014 a 2019, o PM reformado movimentou R$ 5.729.013,40 em contas bancárias suas e de "laranjas? ? apesar de ter renda média mensal declarada de R$ 7.095,05. Além disso, ele recebeu, quase sete meses após o crime, um depósito de R$ 100 mil em dinheiro em sua conta bancária.
Lessa está preso desde março de 2019 na penitenciária federal de Campo Grande (MS), assim como a mulher dele, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, que também teve nova ordem de prisão preventiva decretada pelo mesmo crime de lavagem de dinheiro. Um irmão de Lessa, Denis Lessa, e um amigo dele, Alexandre Motta de Souza, também são acusados de participar do esquema e tiveram restrições impostas pela Justiça.
De acordo com o Ministério Público, dezenas de bens incompatíveis com a renda de Lessa foram adquiridos à época, incluindo imóvel de luxo na Barra da Tijuca, imóvel em Angra dos Reis, imóvel em Mangaratiba, uma lancha de 33 pés e veículos de luxo, sendo que parte destes bens foi ocultada em nome de "laranjas?.
O delegado Leonardo Borges afirmou ao G1 que, somente em dinheiro vivo, passou algo em torno de R$ 1,6 milhão pela conta de Lessa no período investigado. Marielle e Anderson foram assassinados em 18 de março de 2018 e, em 9 de outubro do mesmo ano, foram depositados os R$ 100 mil na conta de Lessa.
Aquele ano também foi quando houve mais créditos na conta bancária do PM reformado: R$ 568,2 mil, a maior parte em dinheiro. Não se tem a origem ou quem realizou o depósito, mas é mais uma prova de que a morte dos dois foi encomendada.
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