Instituto Pensar - Líderes partidários admitem que Reforma Administrativa não deve ser votada neste ano

Líderes partidários admitem que Reforma Administrativa não deve ser votada neste ano

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Líderes dos partidos da base do governo no Congresso já descartam a aprovação da reforma administrativa pela Câmara dos Deputados. Havia expectativa de que o texto, aprovado pela comissão especial da Casa, na semana passada, fosse discutido pelas bancadas nesta semana, mas os planos foram adiados porque não há previsão de quando a matéria será pautada. O consenso é que não existem os 308 votos necessários para aprovar a reforma no plenário,  apesar do empenho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). 

Líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ) comentou sobre o desmonte que a Reforma Administrativa representa para o serviço público.

Diante da proximidade do calendário eleitoral, os parlamentares temem aprovar as mudanças e perder a eleição em 2022, sobretudo de estados em que o número de servidores é representativo. 

Com o slogan "quem votar não volta?, indicando que o texto é impopular e quem tentar aprová-lo poderá ter problemas com os servidores e dificuldades de reeleição ano que vem, os partidos da oposição fecharam posição contra a reforma.

Diferentemente do projeto do Imposto de Renda, que foi aprovado pela Câmara com apoio dos partidos de esquerda,  a reforma administrativa não terá os cerca de 130 votos da oposição. A taxação de dividendos, prevista na proposta do IR, atraiu o apoio dessas legendas.   

O placar apertado na votação do texto na comissão especial, por 28 votos favoráveis e 18 contra, demonstra a dificuldade que a reforma encontraria no plenário, avaliam líderes dos partidos. O texto foi votado depois de muita discussão e troca de integrantes da base no colegiado. Antes disto, o placar era de quase empate (22 contra 19). 

Socialistas se mobilizaram contra Reforma Administrativa

Na quarta-feira (15), o PSB e os partidos da Oposição e da Minoria na Câmara dos Deputados fecharam questão contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/2020) da Reforma Administrativa. A decisão foi aprovada pelo Diretório Nacional dos socialistas e comunicada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

Além do PSB, decidiram marcar posição contra a PEC da Reforma Administrativa o PT, PDT, PSOL, PCdoB, REDE, Solidariedade e PV.

Com informações do jornal O Globo



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