Instituto Pensar - Molon pede suspensão de propaganda do governo e apuração de crime

Molon pede suspensão de propaganda do governo e apuração de crime

Foto: Agência Câmara

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), representou contra o Ministério das Comunicações junto ao Ministério Público Federal (MPF) para pedir a imediata suspensão da propaganda do governo Jair Bolsonaro (sem partido) imposta aos estudantes que acessam a internet pública em Santa Filomena, cidade do interior do Piauí.

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Estudantes, professores e moradores do município estão sendo obrigados a assistir publicidade do governo para terem acesso à internet pública fornecida pelo programa Conecta Brasil, do Ministério das Comunicações.

"Pelo menos dois princípios constitucionais que regem a administração pública são notadamente violados com esta prática abusiva do governo Bolsonaro: o da impessoalidade e o da moralidade. Ao forçar as pessoas a assistirem propaganda de seu governo para se conectar à internet, Bolsonaro tenta fazer uma lavagem cerebral nos nossos estudantes. É uma conduta desrespeitosa e inaceitável, que precisa ser coibida pela Justiça brasileira. Por isso, representamos ao Ministério Público.?
Alessandro Molon

De acordo com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o único aplicativo em que a propaganda do governo não é exibida é o WhatsApp. Para consultar o Google ou conectar em qualquer outra plataforma, como o app da Caixa Econômica Federal, por exemplo, há a exigência de ver as publicidades. O vídeo de 30 segundos precisa ser visto todas as vezes em que os aplicativos são abertos.

Entre os temas das propagandas exibidas estão o 13.º salário do Bolsa Família e a instalação de sinal de internet em escolas, conforme indicam as informações obtidas pelo jornal.

A instalação do sinal de wi-fi na cidade ocorreu em 20 de maio e contou com a presença de Fábio Faria, ministro das Comunicações, que também foi representado junto ao MPF como responsável pelo fato. Além do ministro, compareceu à inauguração Carlos Bolsonaro, filho do presidente e vereador no Rio de Janeiro. Carlos é apontado como responsável pela comunicação do pai, incluindo a chefia do chamado Gabinete do Ódio, uma milícia digital que espalha fake news e promove ataques virtuais contra opositores do governo.

Com informações do Estado de S. Paulo



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