A pedido de Elias Vaz, criação de novos Institutos Federais será debatida na Câmara
A pedido do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (15), a convocação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, para prestar esclarecimentos sobre a criação de dez novos institutos federais (IFs) e a nova política de indicação de reitores.
O parlamentar socialista anunciou nas redes sociais a aprovação do requerimento e os motivos do futuro debate com o ministro.
Em sua justificativa no requerimento de convocação, o Elias Vez explica que, de acordo com informações veiculadas pela imprensa nacional, o ministro da Educação convocou uma reunião com reitores de nove estados para anunciar que planeja dividir alguns institutos federais.
Apesar de a proposta prever a criação de dez novos IFs, na prática não seriam criados novos campi, nem seria ampliado o número de vagas e cursos, porém teriam novas reitorias.
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"Os reitores passaram a ser indicados pelo Governo Federal, o que se mostra um verdadeiro desmonte na autonomia das universidades federais. O Presidente da República já nomeou vários reitores para universidades federais, mesmo não sendo eles os mais votados nas eleições internas das instituições, rompendo uma tradição em vigor desde os o final dos anos 1990.?
Elias Vaz
Por isso, segue o parlamentar, a urgência da pasta com o tema, apontada pelos reitores e representantes do setor, é vista como uma tentativa de usar a proposta para as eleições de 2022.
"Além de gerar custos, algo em torno de R$ 8 milhões/ano, por cada novo instituto, a medida precisa ser mais bem discutida e requer critérios mais bem definidos, ao contrário de ser tratada de maneira açodada como quer o ministro Milton Ribeiro?, explica o deputado.
Além da indicação dos reitores, os Institutos Federais vem sofrendo com o corte no orçamento, que já chegou a 20%, gerando com isso a falta de recursos para laboratórios, refeitórios e bolsas. Os valores hoje são compatíveis com a realidade em 2013, quando o número de alunos não chegava nem à metade do que os institutos têm hoje.
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