Instituto Pensar - Startup cria cadastro nacional de surdos para criar conteúdo acessível

Startup cria cadastro nacional de surdos para criar conteúdo acessível

por: Tainã Gomes de Matos 


Foto Shutterstock

A startup Wise Hands está cadastrando pessoas surdas para saber o tamanho dessa comunidade no Brasil e conseguir oferecer conteúdos acessíveis que atendam essa população de maneira efetiva. O registro individual na Campanha Nacional de Surdos, Amigos e Familiares é feito pela internet 

Clique aqui para realizar o cadastro.

O CEO da Wise Hands, Júnior Gaino, explicou que a intenção é engajar as pessoas para que os surdos sejam bem atendidos, como todo cidadão tem direito, e estejam definitivamente inclusos no mercado de consumo e trabalho, seja para assistir a um filme, uma peça de teatro ou fazer um curso.

Entre as soluções desenvolvidas pela startup está o SL Book, ou Livro em Língua de Sinais, com texto, áudio e vídeo da interpretação em Libras na mesma página. O formato foi apresentado em reportagem do blog Vencer Limites sobre o livro ?Desobedeça?, de Mauricio Benvenutti.

Recentemente, a Wise Hands Tech School, em parceria com a StarSe e a ELFUTEC (Escola para Formação de Usuários em Tecnologia e Conhecimento), iniciou a capacitação da primeira turma de programadores web surdos, com 16 participantes.

Startup usa tecnologia para promover mais acessibilidade

Wise Hands é uma startup que tem como foco soluções inovadoras que promovem acessibilidade por meio da tecnologia. A startup foi criada por Júnior Gaino, brasileiro, natural de Jundiaí, interior de São Paulo.

Tudo começou em 2017, quando ele fazia parte de uma equipe de projetos e desenvolveu uma solução com realidade aumentada para surdos usarem em cinemas ou em ambientes que necessitam da tradução de textos em português para Libras.

A motivação para os projetos da Wise Hands vem da linha de produtos tecnológicos habilitados para promover acessibilidade para a Comunidade Surda, Cega, Cadeirante, Idosa e com Mobilidade Reduzida. Está alinhado com as metas e objetivos da ONU ODS 10, nas quais o objetivo principal é reduzir a desigualdade social e contribuir com a acessibilidade no mundo. O foco é o desenvolvimento de soluções Web e aplicativos móveis para dispositivos Android e iOS.

Os projetos atuais são divididos em 6 soluções batizadas com os nomes:

  • Aplicativo Intérprete do Mundo;
  • Aplicativo E-Learning;
  • Aplicativo Wise Food;
  • Aplicativo Wise Control;
  • Aplicativo Wise Parking;
  • Aplicativo Wise Shopping;

Brasil tem mais de 10 milhões de surdos

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) divulgou no ano passado que o Brasil tem mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva, o que equivale a 5% da população. Desse total, 2,7 milhões têm surdez profunda. Em todo o planeta, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são 500 milhões de pessoas com deficiência auditiva.

Um pesquisa organizada pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda em 2019 destacou as barreiras aos surdos na educação e no trabalho, mostrou de que maneira o preconceito afeta o cotidiano das pessoas com deficiência auditiva, chamou atenção para a relação da surdez com o envelhecimento da população, reafirmou a urgência em acolher as pessoas com deficiência no País e constatou que brasileiros com deficiência auditiva movimentam R$ 576 bilhões por ano.

Leia também: Começa nesta sexta-feira o III Fórum BrCidades

Autorreforma e as startups

Os socialistas preveem em sua proposta de Autorreforma que a inovação e a economia criativa são elementos indispensáveis desse planejamento de desenvolvimento do país, pois estão presentes tanto no renascimento criativo da indústria, que precisa de inovação tecnológica, como nos serviços, na comunicação e no marketing.

"O Estado precisa estimular os talentos individuais e coletivos, financiando, sem burocracia e com os riscos naturais, os coletivos culturais, as startups, os inventores individuais, os profissionais criativos, em todas os setores da economia e da cultura.?
Autorreforma PSB

Com informações do Estadão



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