Quantas startups de US$ 1 bilhão existem no mundo?

O site CB Insights cataloga as startups do mundo que ganham o apelido de unicórnio por obterem valor de mercado a partir de R$ 1 bilhão (R$ 5,1 bilhões, na cotação atual).

Só nos oito primeiros meses de 2021, foram 324 empresas de inovação que atingiram este patamar. Em 2020 inteiro, foram 115, ou seja, menos da metade da quantidade desta temporada. E a diferença pode ficar ainda maior com os unicórnios que devem vir nos próximos quatro meses, o que mostra como 2021 foi pródigo para as startups.

Só no Brasil foram 21 unicórnios, sendo a Nuvemshop o nome mais recente. No entanto, nota-se a falta de alguns brasileiros na CB Insights, como Vtex e Pagseguro, o que indica que a lista esteja incompleta e pode ser ainda maior.

Como está ficando "fácil? ser unicórnio, já tem gente mirando no teto dos decacórnios, que são empresas com valor de mercado acima de US$ 10 bilhões (R$ 51,7 bilhões). Já são pelo menos 38 companhias nesse status, com nomes que vão da chinesa Bytedance, criadora do TikTok (US$ 140 bilhões!) à SpaceX (US$ 74 bilhões), Epic Games (US$ 28,7 bilhões) e a brasileira Nubank (US$ 30 bilhões).

Nos últimos meses, o Brasil viu algumas startups chegarem na casa do bilhão de dólares, como MadeiraMadeira (e-commerce de artigos do lar), Hotmart (plataforma para empreendedores) e Unico (biometria e documentos).

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Startups unicórnios no Brasil

De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o Brasil hoje conta com 19 startups classificadas como unicórnios. Dessas, seis atingiram a marca de US$ 1 bilhão após 2020. A lista é bastante diversa e engloba desde fintechs até lojas de varejo.

Cabe destacar que a cifra de US$ 1 bilhão diz respeito ao valor de mercado levando em conta as rodadas de investimento privados. Afinal, as empresas desta lista não possuem capital aberto na bolsa de valores, por exemplo. Portanto, confira agora quais são os principais unicórnios brasileiros.

99

A lista começa com a primeira startup a atingir o status de unicórnio no Brasil. A plataforma de transporte compartilhado 99 (antiga 99 Táxi) foi criada em 2012 na cidade de São Paulo. Atuando como uma versão nacional de plataformas como Uber e Cabify, a 99 transformou-se em unicórnio em janeiro de 2018.

Na época, a empresa recebeu um aporte de US$ 100 milhões do banco japonês Softbank, cujo maior fundo tem como foco o investimento em startups. O investimento foi realizado em troca de 10% de participação na empresa. Como resultado, a empresa superou a marca de US$ 1 bilhão. Atualmente, a plataforma tem como controladora a empresa chinesa Didi Chuxing.

iFood

Fundada em 2011, o iFood é a maior plataforma de delivery de comida do Brasil. Em 2018, a empresa conseguiu a marca de US$ 1 bilhão logo após receber um investimento de US$ 500 milhões. Entre os investidores da empresa está ninguém menos que Jorge Paulo Lehmann, um dos homens mais ricos do Brasil.

Quinto Andar

A Quinto Andar é uma startup que utiliza tecnologia para facilitar o aluguel de imóveis, eliminando intermediários durante o processo. Entre esses intermediários estão os cartórios, visto que a assinatura dos contratos é feita de maneira totalmente digital.

As locações são realizadas direto pelo aplicativo da empresa, bem como pelo seu site, que conectam proprietários e inquilinos diretamente.

Da mesma forma que a 99, a Quinto Andar recebeu investimentos do Softbank e também do fundo Dragoneer, dos Estados Unidos. Em 2019, a plataforma atingiu o status de unicórnio ao superar a marca de US$ 1 bilhão.

Wildlife

Sim, o mercado de games brasileiros não está restrito a jogos internacionais, como mostra o exemplo da Wildlife. A plataforma fundada em 2011 possui mais de 60 jogos em seu portfólio e também o status de unicórnio, conquistado em 2020.

Na época, a empresa recebeu um aporte de US$ 60 milhões, o que lhe garantiu a cifra de US$ 1 bilhão em valor de mercado. Com sede em Curitiba, a Wildlife também foi a primeira startup da região Sul a atingir essa marca. Atualmente, a empresa também opera na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.

Loft

Ao passo que a Quinto Andar foca no aluguel de imóveis, a Loft atende o público-alvo que deseja comprar ou vender. A empresa já tem perfil internacional em sua essência: foi criada no Brasil por um alemão e um húngaro.

Fundada em 2018, a Loft é a mais nova entre as startups desta lista e demorou menos de dois anos para virar unicórnio. O feito ocorreu em 2 de janeiro de 2020 após uma rodada de investimento que levantou US$ 175 milhões.

MadeiraMadeira

Criada em 2009, a MadeiraMadeira é uma varejista especializada em objetos para o lar. Apesar de estar fora do padrão da maioria das startups, a empresa possui uma plataforma de e-commerce bastante ativa e moderna. Com isso, conseguiu chegar a US$ 1 bilhão em 2021, após receber US$ 190 milhões em investimentos.

Mercado Bitcoin

A Mercado Bitcoin é uma exchange, plataforma que intermedia a compra e venda de criptomoedas e outros ativos digitais. Além de Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, a empresa permite a negociação de tokens lastreados em bens e serviços, como tokens de times de futebol e até precatórios do governo federal.

Criada em 2013, a exchange é a maior em volume de mercado entre as plataformas brasileiras. Tornou-se um unicórnio em julho de 2021 logo após receber um aporte indireto da divisão do Softbank para a América Latina. O banco investiu US$ 200 milhões na 2TM, empresa que controla a Mercado Bitcoin.

Nubank

Por fim, a maior entre as startups unicórnio do Brasil, a fintech Nubank foi criada em 2013 e atingiu US$ 1 bilhão de valor de mercado em 2018. Na ocasião, a fintech foi a terceira startup brasileira a conseguir este feito.

Hoje, porém, a Nubank possui números de empresa grande. Por exemplo, a fintech já superou a marca de 40 milhões de clientes. Em junho, a Nubank recebeu um investimento de US$ 500 milhões da Berkshire Hathaway, holding do bilionário Warren Buffett. Como resultado, ela atingiu a marca de US$ 30 bilhões, sendo a startup mais valiosa do Brasil.

Com informações do Canal Tech