Milton Ribeiro compara alunos com deficiência a atletas paralímpicos
por: Iara Vidal e Revista_Fórum
Com Julinho Bittencourt
Apesar das inúmeras críticas que recebeu, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a defender que algumas crianças com deficiência não estudem na mesma sala de outros alunos. Ele afirmou, durante entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (23), que o governo não quer "inclusivismo?.
"Nós não queremos o inclusivismo, criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu continuo a usar?, disse.
Socialistas criticam preconceito do ministro de Bolsonaro
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), comentou sobre os preconceitos em série do ministro da Educação resumem as propostas segregacionistas do governo Bolsonaro. "Uma ação do PSB já conseguiu derrubar, liminarmente, decreto 10.502, que promove discriminação contra estudantes com deficiência?, informou.
O líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), classificou como absurdo as declarações de Ribeiro. "O ministro da Educação de Bolsonaro acaba de dizer que não quer ?inclusivismo? na Educação e defendeu a retirada dos estudantes com deficiência das escolas regulares?, criticou.
O deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA) compara a fala do ministro de Bolsonaro ao discursos dos nazistas. "As pessoas com deficiência foram algo do 3o Reich, da ?Lei para prevenir doenças hereditária? e exterminadas?, escreveu.
Preconceito em série
Ribeiro afirmou ainda que 12% das crianças com deficiência nas escolas públicas têm um grau que "impede dela ter o convívio? dentro da sala de aula e as comparou com atletas paralímpicos.
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"Isso é interessante, porque esse diagnóstico de limitações que as pessoas possuem é um diagnóstico feito pela sociedade. Estamos no meio das paralimpíadas, nós descobrimos que tem pessoas que têm limitações físicas, no caso, que não podem competir com outras que não tem. Nesse paralelismo, embora com grandezas diferentes, foi que eu me referia a esses 11,9%, 12%?, disse.
O ministro afirmou que entre esses alunos estão cegos e surdos. "Dentro desses 12% temos algumas crianças que têm problemas de visão, elas não podem estar na mesma classe. Imagina uma professora de geografia: "aqui é o rio Amazonas? para uma criança que tem deficiência visual, são elas também. Tem outras que são surdas, por exemplo, tem uma gama de crianças, tem alguns graus de autismo e tem um grupo que a gente esquece que são os superdotados, que também estão nesse grupo, que precisam de uma atenção especial?.
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