Instituto Pensar - Alcolumbre promete a Aras que vai barrar André Mendonça para o STF, diz jornalista

Alcolumbre promete a Aras que vai barrar André Mendonça para o STF, diz jornalista

por: Revista_Fórum 


Foto: Pablo Jacob

Por Plinio Teodoro

Ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), teria prometido ao Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, que vai barrar a indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações de Guilherme Amado, no site Metrópoles, caso a indicação de Mendonça seja rejeitada pelo Senado, Jair Bolsonaro deve colocar o nome de Aras para a vaga que foi deixada por Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho.

Nesta quinta-feira (18), os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentaram à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma notícia-crime contra Aras.

A ação pede que o PGR seja investigado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal pelo crime de prevaricação quanto aos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro e à democracia e à inação do presidente diante da pandemia.

Leia também: Senado adia indicação de Mendonça ao STF após ameaças de Bolsonaro

"O presidente da República acusa de fraude, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro; intimida o Congresso pondo até tanques do Exército na rua; estimula aglomerações e contraria medidas sanitárias de combate à Covid; ameaça o Supremo Tribunal Federal! Nesse contexto de acintoso ataque às instituições democráticas e às eleições livres, o que fez o Procurador-Geral da República, servidor público designado como fiscal da lei pela Constituição Federal? Nada. Permaneceu inerte e foi condescendente com afrontoso atentado ao Estado Democrático de Direito?, destaca Contarato.

Na terça-feira (17), após as novas ameaças golpista do presidente Bolsonaro (sem partido), o Senado decidiu adiar a votação da indicação de Mendonça.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), planejava dar início à tramitação do nome de Mendonça ainda neste mês, porém, após o presidente elevar o tom contra os poderes, resolveu adiar a decisão.

O fato determinante que levou Pacheco a adiar a convocação de Mendonça foi a declaração de Bolsonaro de que enviaria ao Senado o pedido de impeachment dos ministros do STF Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.




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