Instituto Pensar - Depoente se nega a dizer a verdade e presidente da CPI pede respeito

Depoente se nega a dizer a verdade e presidente da CPI pede respeito

Foto: Pedro França/Agência Senado

A CPI da Pandemia do Senado ouve nesta quarta-feira (18), a partir das 9h30, Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos. Ele é o representante legal da empresa na negociação da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech, com o Ministério da Saúde. 

Após o advogado Túlio Silveira se negar a prestar juramento de dizer a verdade no depoimento à CPI, e informar que ficará em silêncio, o presidente da CPI, Omar Aziz, pediu respeito: "Não me venha dar uma de Carlos Wizard e não responder. Peço respeito?, disse Omar. 

Silveira disse que trabalha como advogado da Precisa e se encontra na condição de investigado, já que seus sigilos telemáticos foram quebrados.

Leia tambémCPI ouve Túlio Silveira, da Precisa Medicamentos

Advogado afirma ter participado de tratativas com a Bharat Biotech

Questionado se havia atuado nas tratativas da Precisa Medicamentos com a empresa indiana Bharat Biotech, Túlio Silveira reconheceu ter analisado documentos e participado de uma ou duas reuniões técnicas e jurídicas. Depois disso, o depoente usou seu direito de ficar em silêncio e não respondeu mais nenhuma pergunta relacionada ao assunto.

Acompanhe no Socialismo Criativo

Assista à reunião da CPI

Renan: defensores públicos farão força-tarefa para ajudar vítimas da covid

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, anunciou que recebeu nesta terça-feira (17) em seu gabinete representantes de associações de defensores públicos da União e representantes da Defensoria Pública de Alagoas.

A proposta é estimular uma espécie de força-tarefa para estudar os melhores caminhos jurídicos para ajudar as famílias brasileiras a buscarem reparação judicial contra autoridades brasileiras e laboratórios que faturaram com o "tratamento precoce?.

Advogado abriu escritório dois dias antes do contrato da Covaxin

Túlio Silveira negou trabalhar para outras empresas de Francisco Maximiano além da Precisa, mas admitiu ter aberto seu escritório de advocacia em fevereiro de 2021. Segundo Renan Calheiros, o escritório foi aberto no dia 23, dois dias antes da assinatura do contrato da Covaxin. Sobre o fato, Túlio afirmou que atuava antes como profissional autônomo e que decidiu abrir o a escritório "por aumento da demanda?.

Advogado nega ter negociado compra da Covaxin

Túlio Silveira negou que tenha participado de negociações para a compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde. Ele disse que é um advogado contratado pela Precisa Medicamentos, remunerado como prestador de serviços, para prestar serviços jurídicos à companhia.

"Eu não participo de negociações. Sou advogado da companhia e assisto a companhia nos negócios jurídicos. Não participo de negociação. Fui selecionado pela experiência de atuação em licitações e contratos administrativos há 20 anos?, declarou.

Renan anuncia Ricardo Barros como investigado da CPI

Relator da CPI, o senador Renan Calheriros (MDB-AL) anunciou que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), passa à condição de investigado da CPI.

"É necessário apurar de maneira aprofundada os atos do líder do governo Bolsolnaro, suas relações e ligações políticas e empresariais, bem como na ausência de atitudes corretivas, especialmente, nas negociações e possíveis associações com servidores civis e militares do Ministério da Saúde investigados pela comissão, sem falar em ocasionais conexões com Roberto Dias e com os sócios das empresas de Francisco Maximiano, entre elas a Global e a Precisa Medicamentos?, disse.

Renan acrescentou que se somam às irregularidades as negociações da vacina Covaxin com a Precisa Medicamentos, a Belcher Farmacêutica e representantes de outros laboratórios.

Simone pede que TCU pare de ceder servidores a outros órgãos

Simone Tebet (MDB-MS) solicitou que a CPI apresente requerimento expedindo uma recomendação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão proíba a cessão ou requisição de auditores e servidores a outros órgãos, principalmente ao Executivo. Simone destacou que atualmente existem pelo menos oito auditores cedidos e pediu que a comissão recomende a volta deles.

"O TCU, pela Constituição Federal, é o único órgão que tem o poder de fiscalizar e julgar. Diante desse poder tão grande, é preciso proteger esses servidores de qualquer tipo de assédio?, afirmou. 

Com informações da Agência Senado




0 Comentário:


Nome: Em:
Mensagem: