Instituto Pensar - Voto impresso é derrotado em comissão da Câmara

Voto impresso é derrotado em comissão da Câmara

por: Revista_Fórum 


Foto: Tribunal Superior Eleitoral

Por Lucas Rocha

A comissão especial que aprecia a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso (PEC 135), uma das obsessões de Jair Bolsonaro (sem partido), rejeitou o relatório do deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR) nesta quinta-feira (5).

PT, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, DEM, Solidariedade, PSOL, PCdoB, PV e Rede orientaram voto contra, enquanto Novo e Cidadania liberaram suas bancadas. Apenas PSL, PP, Republicanos, PTB, Podemos defenderam o projeto. Veja aqui como votou cada parlamentar.

A votação terminou com 23 votos contrários e apenas 11 favoráveis. O deputado Júnior Mano (PL-CE) foi designado pelo presidente Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) como novo relator do projeto após o voto impresso ter sido derrotado.

"Chega de nota de repúdio contra os abusos de Jair Bolsonaro é hora das instituições reagiram. A rejeição dessa proposta é necessária. O PCdoB vota não ao relatório e pelo arquivamento dessa PEC golpista de Jair Bolsonaro?, disse o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

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"Bolsonaro quer criar um factoide para invadir o capitólio, que é o nosso congresso nacional. Isso é crime continuado?, disse o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

"O voto transparente nós defendemos também. Na nossa opinião, o sistema de voto eletrônico tem mecanismos de aferição de que o voto do cidadão é respeitado?, afirmou Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Oposição quer arquivamento do voto impresso

Partidos de oposição querem ainda o arquivamento do projeto, que é de autoria da bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou na tarde desta quinta-feira (5) que poderia colocar o relatório em votação no plenário mesmo com a derrota na comissão.

O relator inicial do projeto, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), protocolou na quarta-feira (4) um parecer que previa o esvaziamento da Justiça Eleitoral e a contagem manual de 150 milhões de votos.




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