Google é multado em US$ 593 milhões por violar direitos autorais na França
por: Iara Vidal
O Google foi multado nesta terça-feira (13) em US$ 593 milhões pelo órgão de controle da concorrência da França em razão do descumprimento de acordos que envolvem direitos autorais de notícias. O pagamento do valor recorde deverá ser destinado às agências de notícias que tiveram os conteúdos exibidos nos resultados de buscas.
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De acordo com a autoridade reguladora francesa, o Google violou uma decisão de 2020 que havia determinado que a empresa negociasse acordos transparentes de licenciamento com as editoras e agências de notícias para reutilização de conteúdos protegidos pelos direitos autorais.
No entanto, a prática foi outra. Os editores informaram que o gigante da tecnologia não abriu uma negociação ?de boa fé?, ganhando o apoio da autoridade reguladora.
"A sanção de 500 milhões de euros tem em consideração a excepcional gravidade das infracções verificadas?, disse Isabelle de Silva, presidente da agência francesa.
Google pode ter que pagar indenizações
Agora, o Google está obrigado a elaborar propostas que compensem financeiramente os editores nos próximos dois meses. Caso não apresente um plano, a empresa deverá ser multada em cerca de US$ 1,1 milhão por dia, o equivalente a 900 mil euros.
Segundo um porta-voz do Google, a empresa está muito decepcionada, pois agiu de boa fé em todo o processo. "A multa ignora nossos esforços para chegar a um acordo e a realidade de como as notícias funcionam em nossas plataformas. Até o momento, o Google é a única empresa a anunciar acordos sobre direitos conexos?, informou.
O porta-voz disse ainda que o Google está prestes a finalizar um acordo com a AFP que inclui um acordo de licenciamento global, bem como a remuneração dos direitos de seus vizinhos por suas publicações na imprensa?.
A batalha judicial enfrentada na França é apenas uma ponta do iceberg enfrentada pelo Google no mundo. Atualmente, existe um movimento global para lutar por indenizações referentes aos direitos autorais, principalmente envolvendo empresas de tecnologia e editoras de notícias.
No começo do ano, a Austrália aprovou uma lei que exige que o Google e Facebook paguem aos editores locais pelos conteúdos exibidos.
Na defesa, as empresas de mídia afirmam que a compensação é justificada pelo fato do conteúdo direcionar tráfego e receita de publicidade para o Google. No entanto, há especialistas que criticam esses posicionamentos como se fossem "extorsões? e até mesmo "esquemas de proteção?.
A França faz parte de um movimento global crescente para extrair dinheiro de empresas de tecnologia para as editoras de notícias. No início deste ano, a Austrália aprovou uma lei exigindo que o Google e o Facebook paguem aos editores locais por seu conteúdo.
As empresas de mídia afirmam que a compensação é justificada porque os conteúdos direcionam tráfego e receita de publicidade para o Google. Mas os críticos descreveram os movimentos como "extorsões? e "esquemas de proteção?.
Pioneira na batalha pelos direitos autorais
A França foi o primeiro país a adotar leis de direitos autorais na União Europeia contra o Google, destinando às empresas de notícias mais proteção e compensações que garantam pagamentos justos pela disseminação dos seus conteúdos online.
Com informações do Olhar Digital
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