Queiroga prevê ?cenário mais favorável? da pandemia a partir de setembro
por: Da Redação
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (21) que a partir de setembro é possível haver um "cenário epidemiológico mais favorável? no Brasil. A declaração foi dada em reunião da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID) do Senado Federal.
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Queiroga também projetou para setembro prazo para que toda a população vacinável ? ou seja, acima de 18 anos ? tenha recebido a primeira dose da vacina. Segundo ele, todos os brasileiros adultos terão recebido a vacinação completa, com as duas doses, até o final de 2021.
"Com o progresso da campanha de vacinação, nós entendemos que a partir de setembro é possível haver um cenário epidemiológico mais favorável no Brasil.?
Marcelo Queiroga
Fortalecimento do sistema de saúde
Queiroga afirmou aos senadores que além da vacinação, do fortalecimento do sistema de saúde para atender os casos graves, serão realizadas outras ações como, por exemplo, uma ampla política de testagem. "No ano passado, nós dispúnhamos do teste RT-PCR, que ainda é o padrão ouro, só que o Brasil testou pouco, e, em função disso, nós não tivemos uma política mais apropriada de isolamento dos casos positivos, bem como dos seus contactantes?, reforçou.
Queiroga negou informação veiculada na imprensa de que haveria a intenção de retirar a CoronaVac do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em razão de uma suposta eficácia menor da vacina chinesa em idosos. Queiroga fez um balanço do trabalho da pasta contra a pandemia,
"Não há nenhum tipo de mudança de estratégia do Ministério da Saúde em relação a esse imunizante. Temos tratado de maneira muito fluida com o dr. Dimas Covas [diretor do Instituto Butantan], fizemos reuniões com o embaixador da China. O que há é que ela não tem ainda o registro definitivo da Anvisa. Isso não se deve a nenhum tipo de ação do ministério. Como esse assunto é de grande interesse, há uma série de comentários nas mídias, mas o fato é que essa vacina tem sido útil. Essa é a posição oficial do Ministério da Saúde até que exista algum dado científico que faça com que tenhamos uma posição diversa.?
Marcelo Queiroga
Queiroga anuncia chegada de vacinas na Janssen
Queiroga anunciou a chegada nesta terça, no aeroporto de Guarulhos (SP), do primeiro lote de 1,5 milhão de vacinas da Janssen, que imunizam em dose única. Será o quarto tipo utilizado no Brasil, depois das vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer.
O ministro também prometeu o aumento da testagem da população, reconhecendo que até agora o Brasil "testou pouco?. A testagem em grande escala permite identificar casos assintomáticos e tomar medidas de isolamento, reduzindo a transmissão do vírus.
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"A política do Ministério da Saúde tem dois pilares: os testes na atenção primária, dedicados aos pacientes sintomáticos; e os testes em ambientes de grande circulação, a exemplo de metrô, rodoviárias e aeroportos, para aqueles assintomáticos. Já distribuímos mais de 3 milhões de testes rápidos, e estamos em tratativas para aquisição de mais 10 milhões. Nosso objetivo é testar até 20 milhões todos os meses?, afirmou.
Queiroga lembrou que já foram adquiridos mais de 630 milhões de doses, das quais mais de 120 milhões já foram distribuídos. Segundo ele, já existe capacidade para ministrar 2,4 milhões de vacinas diárias, "desde que tenhamos doses suficientes?. Citou ainda estudos que estão monitorando a prevalência das diversas variantes do vírus e as ações da pasta para habilitar um número maior de leitos hospitalares e distribuir kits de intubação e oxigênio.
Vacinação de grávidas
Os senadores Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da comissão, e Flávio Arns (Podemos-PR) expressaram preocupação com o grande número de grávidas internadas com Covid. O ministro lembrou que a ocorrência de um "evento adverso? levou à suspensão do uso da vacina AstraZeneca em gestantes, retardando a imunização desse subgrupo. Queiroga disse que a melhora na distribuição da vacina da Pfizer vai permitir imunizar mais rapidamente as grávidas:
"Essa questão das gestantes é um tema muito sensível, até porque envolve duas pessoas, a mãe e o feto. O Brasil, nesta segunda onda, estava com um número elevado de óbitos em gestantes. As gestantes com comorbidades estão sendo imunizadas com a Pfizer e a Coronavac. Os estados e municípios têm dado preferência ao emprego da vacina Pfizer, que, após modificações regulatórias, teve o problema da cadeia de frio parcialmente resolvido [a vacina da Pfizer precisa ser armazenada em temperatura inferior às demais], o que permite seu uso mais capilarizado por todo o Brasil?, explicou Queiroga.
Com informações do G1 e da Agência Senado
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