Siqueira, Molon e Freixo movem as peças do grande jogo
por: Domingos Leonelli
Embora expressando as forças e os movimentos da sociedade e da luta de classes, os indivíduos, principalmente os dirigentes políticos, desempenham um papel fundamental na história. O Rio de Janeiro, por várias razões positivas e negativas, ocupa um lugar estratégico na política brasileira.
Além de ser uma grande caixa de ressonância cultural, a antiga capital do Brasil, pelo seu eleitorado e pelo fato de sediar uma das maiores redes de comunicação, tem uma importância vital para qualquer estratégia política. Isso vale para a esquerda, para o centro e para a direita.
O que acontece no Rio, não fica no Rio
O que acontece no Rio, não fica no Rio. Repercute em todo o Brasil. O Rio é também um dos maiores centros de corrupção e violência, com cinco governadores presos e processados, além de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, juízes e promotores envolvidos em falcatruas.
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Os penúltimos lances da política daquele estado, em 2018, deram vitória à ultra direita elegendo Jair Bolsonaro presidente, Flávio Bolsonaro senador e Wilson Witzel governador. Marcelo Crivella já havia sido eleito em 2016. Em 2020, entretanto, a política do Rio faz uma inclinação ao centro com a eleição de Eduardo Paes. E as eleições de 2022 podem representar a chance da esquerda realizar os seus movimentos.
Siqueira trouxe Freixo com atuação de Molon
Neste cenário é que o PSB, presidido por Carlos Siqueira, faz o primeiro lance: atrai para suas fileiras o mais forte pré-candidato ao governo do Estado. O deputado Marcelo Freixo é uma espécie de legenda da luta contra a corrupção e a violência das milícias do Rio de Janeiro.
Freixo vem para o Partido Socialista Brasileiro sem renegar ou abdicar de suas lutas e valores, de sua praxis, enfim, no PSOl. Mas sim em busca de melhores condições eleitorais e políticas para cumprir a tarefa de concorrer e ganhar a eleição para governador do Rio. Sua eventual vitória representará o mais duro golpe no bolsonarismo. Será uma vitória nacional da democracia contra o fascismo no Brasil.
Para que esse lance fosse dado por Carlos Siqueira e Marcelo Freixo foi necessário que entrasse em cena um terceiro personagem de grande importância no Rio e no Brasil, o líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon. Ele poderia ser o candidato do PSB ao governo do Estado, já que foi cogitado até para ser o candidato do socialismo democrático e criativo, à presidência da República.
Demonstrando grandeza e generosidade, abriu mão da prioridade que tinha e continuará presidindo o partido no Rio. Siqueira, Molon e Freixo estão realizando, assim, o primeiro lance desse grande xadrez da política brasileira para 2022. Se a esquerda (PCdoB, PT, PSOL ,PDT, Rede, PV ) e o que se poderia chamar de centro no Rio de Janeiro conseguirem se unir, como o próprio ex-presidente Lula deseja, teremos uma real possibilidade de vitória contra o genocida presidente e suas milícias.
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