Para desespero de Bolsonaro, caso ?Micheques? ganha mais um capítulo
por: Mariane Del Rei
A decisão do decano Marco Aurélio Mello de levar ao plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) o caso dos cheques de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro abre caminho para mais uma temporada de constrangimentos tanto para o Palácio do Planalto quanto para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Enquanto estiver aberto, o julgamento que começa no dia 25 oferecerá ao público duas lembranças. A primeira: Michelle Bolsonaro recebeu 89 mil reais de um investigado por corrupção, diretamente na conta bancária. A famosa pergunta, formulada pelo repórter Daniel Gulino, do jornal O Globo, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), será resgatada nas redes: "Presidente, por que Queiroz depositou 89 mil reais na conta da primeira-dama Michelle??
A outra lembrança, mais desgastante para a PGR, claro, será sobre a decisão de sequer investigar o caso. Como o advogado recorreu da decisão de Augusto Aras de arquivar o tema e o STF considerou que há elementos para julgar o pedido, as velhas acusações de suposta blindagem ao presidente voltarão às redes.
Com isso, o caso Queiroz terá uma nova temporada pela frente.
Advogado recorreu da decisão de arquivamento do caso
Em maio, o advogado Ricardo Bretanha Schmidt recorreu da decisão de Marco Aurélio Mello que determinou o arquivamento do pedido de investigação sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro.
Os cheques de Queiroz para a primeira-dama foram revelados em agosto de 2020. Ao arquivar o caso, Marco Aurélio seguiu Augusto Aras, que disse não ver indícios mínimos de infração penal por parte de Bolsonaro.
Aras queria vaga no STF
Ao rejeitar a notícia-crime que pedia investigação sobre o envolvimento de Bolsonaro no caso dos R$ 89 mil em cheques de Fabrício Queiroz para Michelle Bolsonaro, Augusto Aras tentou ganhar musculatura na disputa por vaga no STF.
Marco Aurélio Mello se aposenta em julho. Bolsonaro deve bater o martelo na segunda quinzena de junho, e o favorito ainda é o advogado-geral da União, André Mendonça, que tem o apoio da bancada evangélica.
Com informações da Revista Veja e O Antagonista
0 Comentário:
Nome: | Em: | |
Mensagem: |