Carlos Wizard pode ser conduzido coercitivamente à CPI
por: Iara Vidal
O presidente da CPI da Pandemia no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira (15) que não permitirá um depoimento virtual do empresário Carlos Wizard aos senadores do colegiado. O senador disse que, se for necessário, vai determinar medidas restritivas como a apreensão de passaportes ou a condução coercitiva dele.
O empresário tenta prestar depoimento por videoconferência, mas, de acordo com o parlamentar, a postura dele é "incompatível com a dinâmica da CPI?. "Esclareço que aqueles que forem formalmente intimados e se recusarem a depor perante esta CPI terão sua solicitação intimada ao juiz criminal da localidade em que residem?, disse Aziz.
O empresário apresentou requerimento para que sua oitiva ocorresse por videoconferência. Ele disse que está nos Estados Unidos. Desde a semana passada, a CPI da Pandemia tenta notificá-lo, mas sem sucesso.
Depoimento de Wizard está confirmado para quinta
Segundo Aziz, a convocação presencial de Wizard está confirmada para esta quinta (17). "Se o ?seu? Carlos Wizard não comparecer na quinta, iremos tomar as devidas providências em relação ao que eu li há pouco?, disse.
Integrantes da comissão suspeitam que Carlos Wizard tenha participado do suposto "gabinete paralelo?, que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.
Aziz não citou as "providências? que podem ser tomadas, mas já disse em outras ocasiões que não descarta a condução coercitiva do empresário.
Advogados de Wizard afirmaram à CPI que o empresário está nos Estados Unidos desde 30 de março, "acompanhando tratamento médico de familiar?. E que, se voltasse ao Brasil para depor, ficaria impedido de regressar aos EUA em razão das barreiras sanitárias no país.
CPI negou outros depoimentos virtuais
A decisão de não permitir o depoimento virtual já foi tomada com outros depoentes, entre os quais o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e um representante da Pfizer.
Nesta terça, Omar Aziz explicou que é preciso garantir que o depoimento seja espontâneo, sem escrita prévia, orientação externa ou interrupções não autorizadas. Na segunda, o senador já havia antecipado ao G1 que negaria a oitiva remota.
"Foi negado o depoimento telepresencial, incompatível com a dinâmica da CPI em que se precisa assegurar a incomunicabilidade da testemunha; assegurar que a testemunha permaneça até o final da reunião, dizendo e não calando a verdade; bem como que a testemunha não leia o seu depoimento?, Omar Aziz
Colapso no Amazonas em pauta nesta terça
O ex-secretário do Amazonas Marcellus Campêlo presta depoimento nesta terça à comissão. A saúde pública entrou em colapso no estado no início de 2021, com falta de leitos e de oxigênio medicinal nos hospitais que recebiam pacientes com covid-19. Além disso, a Polícia Federal apura desvio de dinheiro do combate à pandemia, a partir de suposta organização criminosa no estado.
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