Copa América no Brasil tem protocolos rígidos e preocupação da OMS
por: Lucas Godois
O Ministério da Saúde divulgou os protocolos de segurança para a realização da Copa América no Brasil, no qual estipula regras rígidas. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva realizada na segunda-feira (7). Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou "extremo cuidado? sobre realizações de eventos esportivos em países que ainda não conseguiram controlar a pandemia de Covid-19.
Os jogadores não poderão sair do hotel, exceto para treinos e questões de saúde e serão testados a cada 48 horas. O protocolo foi dividido em seis categorias: hospedagem, treinos, testagem, viagem, jogos e retorno da equipe aos países de origem.
As delegações serão testadas assim que chegarem ao Brasil, terão que ficar em quartos e andares separados. Usarão Voos fretados e ônibus individuais, que terão que ser higienizados. Utilizarão o teste RT-PCR e não será realizado pelo SUS. Caso precisem de atendimento médico, serão atendidos em hospitais privados e todos os jogadores terão seguro de vida.
O ministro da Sáude, Marcelo Queiroga, afirmou que os jogadores das seleções que participarão do campeonato de futebol não serão obrigados a tomar a vacina anti-covid.
"Não se fará esforço maior para vacinar esses atletas porque a vacina poderia até causar algum tipo de reação e comprometer o ritmo competitivo dos jogadores.?
Marcelo Queiroga
Segundo o coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, oito das dez seleções que disputarão o torneio estarão imunizadas antes de começar a competição. Disse também que serão 1.100 pessoas envolvidas no torneio, espalhadas pelas quatro sedes, entre jogadores, comissão técnica e pessoas ligadas à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Preocupação da OMS com Copa América
Diretores da OMS anunciaram um alerta de "extremo cuidado? nesta segunda sobre a realização de eventos esportivos em países onde ainda não conseguiram controlar a transmissão de Covid-19.
A cinco dias da Copa América, Mike Ryan, diretor-executivo de emergências da OMS, disse que os países que não tenham completa segurança devem reconsiderar a realização do evento.
Ryan afirmou: "Grandes eventos esportivos internacionais são complexos e requerem uma clara estimativa de riscos e o gerenciamento desses riscos. Entendemos que os riscos podem ser reduzidos, mas dificilmente chegam a zero.?
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Investigação da MPF sobre campeonato
O Ministério Público Federal (MPF) reagiu à realização da Copa América no Brasil. A instituição resolveu abrir uma ação coordenada para investigar a CBF, os estados e municípios que serão cede para os jogos , as emissoras de televisão que transmitirão os jogos e até os patrocinadores.
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O subprocurador da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, expediu os ofícios aos procuradores dos estados sedes: Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal. As empresas envolvidas, juntamente à CBF, serão investigadas por atos violadores dos direitos à vida e à saúde. Já os governadores e prefeitos responderão por contribuir com as violações ou por omissão do dever dos direitos humanos.
A ação surgiu após o Grupo de Trabalho de Direitos Humanos e Empresas da Procuradoria entenderem que a competição não garante que não haverá contaminação do coronavírus. Na avaliação do Grupo, a realização da Copa América coloca em risco a saúde dos trabalhadores que estarão envolvidos no torneio, destacando ainda que há muito deslocamento das delegações e que nas quatro cidades sedes há mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI.
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