Volta de Queiroga e depoimento do governador do Amazonas nesta semana
por: Michelle Portela
Embora o retorno do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, seja aguardado com ansiedade, a explosão de violência em Manaus, capital do Amazonas, aumentou as expectativas em torno do depoimento do governador do Estado, Wilson Lima (PSC-AM), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado. Ele deverá depor na quinta-feira (10).
Na manhã desta segunda-feira (7), Lima oficializou o pedido de socorro à Força Nacional, após dois dias de ataques de criminosos à frota de ônibus, pontos turísticos e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, a cidade de Manaus foi cotada como uma das possíveis sedes para a Copa América, com jogos previstos para serem realizados na Arena da Amazônia, gerida pelo executivo estadual. Toda a situação pode agravar os efeitos da pandemia no Estado.
Antes dos ataques, o governador fez declarações em redes sociais sugerindo que a CPI está sendo usada como plataforma para a disputa eleitoral de 2022.
"Tem gente aqui do Amazonas que quer inaugurar o processo eleitoral de 2022 na CPI da Covid (?) Aí imagina eu chegar lá, um cara que é investigado pela Lava Jato, que foi delatado pela JBS e tem tantos outros processos para me atacar. E aí eu pergunto: ?qual foi a contribuição que essa pessoa deu, que esse senador deu para salvar vidas aqui no estado do Amazonas??
Wilson Lima
Retorno de Queiroga à CPI da Pandemia
O novo depoimento do ministro Marcelo Queiroga é aguardado com ansiedade pelos senadores devido à confirmação da realização da Copa América no Brasil. A expectativa dos senadores é questionar o ministro sobre os riscos do evento, num momento de aumento da curva de contaminação.
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Durante a semana, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) chamou Queiroga de "omisso? por não ter se posicionado a respeito do evento, o que indica que o clima do depoimento deve ser tenso.
A princípio, os senadores pretendiam questionar Queiroga sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em aglomerações, mas a presença do ministro também se tornou necessária após o depoimento da infectologista Luana Araújo. A média havia sido convidada pelo ministro para integrar sua equipe e foi barrada pelo governo. No depoimento, ela fez duras críticas à gestão da pandemia do governo federal.
Na quarta-feira (9), é a vez do ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco prestar esclarecimentos. Ele foi o braço-direito da gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, é considerado peça-chave para elucidar o "gabinete paralelo?.
A semana da CPI termina com os depoimentos, na sexta-feira, de especialistas para falar sobre aspectos técnicos no combate à Covid-19: a microbiologista Natalia Pasternak e o médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz Cláudio Maierovitch, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Agenda da CPI na semana
Terça, 9h: Marcelo Queirogta, ministro da Saúde.
Quarta, 9h: Élcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
Quinta, 9h: Wilson Lima (PSC-AM), governador do Amazonas
Sexta, 9h: Natalia Pasternak, microbiologista; e Cláudio Maierovitch, médico sanitarista
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