Covid-19: Brasil completa 50 dias com média de mortes acima de 2 mil
por: Laura Moschoutis
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5), o número de mortes por Covid-19 em 24 horas não apresentou queda significativa a ponto de modificar a média móvel de mortes, que está acima de dois mil a 50 dias, somando apenas nesse período 132.245 óbitos. Foram contabilizadas entre terça (4) e quarta, 2.791 vítimas, totalizando 414.645 óbitos desde o início da pandemia.
A média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 2.329, o número mais baixo desde 25 de março, quando foi registrada uma média de 2.276 óbitos diários. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -8%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus. Ainda assim, a média acima de mil óbitos completou 105 dias consecutivos com os números da noite de quarta.
O ritmo atual, na faixa de estabilidade, mesmo quando em queda não ficou abaixo de -20% nas últimas semanas. É pouco se comparado ao ritmo de crescimento que a curva apresentou em março, com altas que passaram de +50%.
Os números são do levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta segunda. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
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Média de mortes essa semana
- Quinta (29): 2.523
- Sexta (30): 2.523
- Sábado (1º): 2.422
- Domingo (2): 2.407
- Segunda (3): 2.375
- Terça (4): 2.361
- Quarta (5): 2.329
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 14.936.464 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 75.652 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 58.951 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de 0% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.
Dados dos Estados e do Distrito Federal
Aumentou para três o número de estados com tendência de aceleração das mortes por Covid-19. Pernambuco, que completou uma semana na mesma situação, agora é acompanhado pelos estados do Paraná e Ceará.
Em alta (3 estados): PR, CE e PE
Em estabilidade (9 estados): RS, SC, RJ, SP, TO, BA, PI, RN e SE
Em queda (14 estados e o Distrito Federal): ES, MG, DF, GO, MS, MT, AC, AM, AP, PA, RO, RR, AL, MA e PB
Vacinação contra a Covid-19 avança pouco
Balanço da vacinação contra Covid-19 desta quarta-feira (5) aponta que 33.404.333 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 15,77% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 17.039.463 pessoas (8,05% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
No total, 50.443.796 doses foram aplicadas em todo o país.
Corrida pela vacina segue intensa
Além das vacinas já certificadas mundialmente e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação no Brasil, 84 imunizantes em todo o mundo estão hoje em fases de testes em humanos e mais quase duzentos em fase pré-clínica, provenientes de diferentes países e com o emprego de tecnologias distintas.
No Brasil, duas novas candidatas a vacina produzidas nacionalmente foram anunciadas e entraram com pedido à Anvisa para início dos ensaios clínicos no país: a Butanvac, como foi batizada, seria 100% nacional e produzida pelo Instituto Butantan, e a Versamune, financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, ligado ao governo federal. Além das mencionadas, existem ainda outras 15 iniciativas em desenvolvimento no país, todas em fase pré-clínica.
Já estão em uso no Brasil as vacinas Coronavac e Covishield (Oxford/AstraZeneca), aprovadas para uso emergencial pela Anvisa em 17 de janeiro. A vacina da Pfizer foi a única a receber o registro definitivo, no último dia 23 de fevereiro. Ainda, a vacina da Janssen (Johnson & Johnson) recebeu autorização para uso emergencial em março. A Covaxin, da indiana Bharat Biotech, aguarda ainda aprovação do órgão para uso no país. A Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) teve aprovação negada pela Anvisa no país por questões documentais.
Com informações do Uol, Folha de São Paulo e G1.
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