Instituto Pensar - Estado de Nova York aumentará impostos sobre grandes fortunas

Estado de Nova York aumentará impostos sobre grandes fortunas

por: Eduardo Pinheiro


Presidente dos EUA, Joe Biden, propôs 15 anos de aumentos substanciais nos impostos sobre as empresas. Foto: Kevin Lamarque / Reuters

A Assembleia Legislativa do Estado de Nova York e o governador Andrew Cuomo decidiram nessa segunda-feira (5) que o melhor caminho para uma recuperação pós-pandemia de Covid-19 é aumentar os impostos sobre os milionários. Se promulgado, o acordo vai gerar US$ 4,3 bilhões adicionais em receita por ano, e existe a possibilidade de legalizar as apostas esportivas via celular, o que resultaria em US$ 500 milhões ao ano em arrecadação tributária adicional.

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Para isso, duas novas faixas de imposto de renda pessoal seriam criadas temporariamente: 10,3% para receitas entre US$ 5 milhões e US$ 25 milhões , e 10,9% para receitas acima de US$ 25 milhões, segundo o jornal The New York Times, com data de validade marcada para 2027.

Já para os indivíduos que ganham mais de US$ 1 milhão e declarações conjuntas de mais de US$ 2 milhões, a taxa de imposto de renda pessoal aumentaria de 8,82% para 9,65%.

Cuomo vinha resistindo a esse tipo de proposta há anos, mas o déficit na arrecadação causado pela pandemia e à força crescente da ala progressista do Legislativo criou ímpeto repentinamente para a aprovação.

Os legisladores na Califórnia também debatem um imposto sobre a riqueza, e o governador de Minnesota propôs uma nova alíquota para os contribuintes de renda mais alta no estado.

Biden e os impostos

Também como formar de reduzir os impactos econômicos causados pela pandemia e ajudar a bancar o custo de um pacote de US$ 2 trilhões de investimento em infraestrutura com duração de oito anos, o presidente Joe Biden propôs 15 anos de aumentos substanciais nos impostos sobre as empresas. A proposta de aumento de impostos sobre as pessoas de alta renda também está na mesa.

No Brasil

Líder do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara e autor de projeto de lei que taxa grandes fortunas e lucros e dividendos, Danilo Cabral (PE), relembrou que a Constituição do Brasil já prevê tal lei, mas que nunca saiu do papel. O projeto do parlamentar está pronto para ser votado e garantirá, se aprovado, a arrecadação de mais de R$ 120 bilhões por ano.

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) também comentou a decisão do estado estadunidense e afirmou que seria um bom exemplo para o Brasil seguir. "Chega de cobrar do trabalhador a conta da crise!?, completou.



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