Instituto Pensar - Com nova escolha de Bolsonaro para Saúde, Centrão avisa que será ?última chance?

Com nova escolha de Bolsonaro para Saúde, Centrão avisa que será ?última chance?

por: Eduardo Pinheiro 


Jair Bolsonaro -(Foto: Foto: Carolina Antunes/PR)

Em meio ao pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu trocar pela terceira vez de ministro da Saúde. Após conchavos com o Centrão durante as eleições na Câmara, no entanto, o mandatário preferiu colocar na pasta um nome de confiança do seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o médico Marcelo Queiroga.

O presidente chegou a cogitar a médica Ludhmila Hajja, patrocinada pelo Centrão e o Supremo Tribunal Federal (STF), mas após duas conversas, recusou-a em razão de seu posicionamento em defesa do isolamento social. O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), iniciou uma campanha pela médica, mas nas redes sociais, apoiadores do governo já rejeitavam a ideia e chegaram a ameaçá-la.

Depois dos constrangimentos, a resposta do grupo político, que tentava limpar a imagem negacionista de Bolsonaro, assumiu tom de ameaça, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Um influente político do Centrão resumiu: ?Bolsonaro quis escolher um nome sozinho. Não tem problema. Mas terá que acertar na seleção do seu quarto ministro da Saúde porque, caso seja necessário fazer uma nova troca, o país não vai parar para discutir quem será o quinto, mas sim o próximo presidente da República?. Na versão de um deputado, ninguém mais ficará ?brincando de escolher ministro?.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, piorou a crise com o bloco ao tentar desmentir a médica no Twitter, ao dizer que ela não chegou a ser convidada para o cargo, mas sem explicar do que trataram as conversas no Planalto. A postagem foi feita pouco depois de ela afirmar, em entrevistas, que havia recusado a oferta.

Além de Hajjar, também foram cotados para substituir o general Eduardo Pazuello os deputados Doutor Luizinho (RJ), Hiran Gonçalves (RR) e Ricardo Barros (PR), todos do Progressistas, mesmo partido de Lira. Nenhum deles foi sequer entrevistado.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo




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