Presidente do Senado cobra ações e exemplos contra o negacionismo
por: Iara Vidal
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cobrou ações e exemplos do governo federal contra o negacionismo no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Pela primeira vez, o senador elevou o tom em um pronunciamento desde que assumiu o cargo, em fevereiro deste ano. Sem citar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ele cobrou exemplo dos homens públicos no enfrentamento à crise sanitária.
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As falas de Pacheco foram feitas no fim de uma sessão temática para discutir a vacinação contra a Covid-19. O evento contou com a presença, entre outros, do secretário-executivo do ministério da Saúde, Élcio Franco; e do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.
Ação e exemplo contra o negacionismo
Durante o pronunciamento, Pacheco pediu que o ministério da Saúde demonstrasse com ações e exemplos que não é negacionista. O senador afirmou ainda que vai usar todos os instrumentos legislativos para garantir a vacinação e a assistência aos brasileiros.
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O presidente do Senado Federal comentou que as falas do secretário-executivo do ministério da Saúde e do diretor-presidente da Anvisa chamaram a atenção. Ambos defenderam a necessidade de uso de máscara, higienização das mãos e o distanciamento social para conter o avanço da pandemia da Covid-19.
"Isso são exemplos, exemplos que nós esperamos que os homens públicos desse país tenham e deem para a população brasileira, que já está plenamente consciente do que precisa ser feito.?
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado
Demora para vacinar a população contra a Covid-19
Questionado sobre a velocidade de vacinação dos brasileiros contra a Covid-19, o número dois do ministério da Saúde, Élcio Franco, admitiu que não tem sido o desejável.
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"Mas a quantidade de vacinas está crescendo, a disponibilidade que nós poderemos passar para estados e municípios. Não há negacionismo por parte do ministério da Saúde em adquirir vacinas, em disponibilizar vacinas para a população. Nós temos a consciência de que só dessa forma conseguiremos conter essa pandemia no país e no mundo.?
Élcio Franco, secretário-executivo do ministério da Saúde
Em resposta, Pacheco afirmou que a declaração de Franco é o que a sociedade brasileira espera de homens públicos. O senador comentou ainda que aguarda ações do ministério da Saúde que comprovem que a pasta não é negacionista.
CPI da Covid-19
O presidente do Senado Federal tem em mãos um requerimento com assinaturas suficientes para instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 ? a decisão final cabe agora a ele próprio. Ele vem sendo pressionado por senadores para instalar o colegiado.
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Se antes Pacheco classificou a abertura de uma CPI como contraproducente, ele mudou o discurso. Nesta quinta-feira (4), o senador afirmou que vai usar todos os instrumentos necessários para atender a população.
O presidente do Senado comentou que a Casa tem buscado soluções para a crise sanitária, sem intenção de "jogar lenha na fogueira?. Mas contrapôs que os senadores não vão se furtar de responsabilidades para ampliar a vacinação e permitir que brasileiros sejam curados e assistidos.
"Seja qual for o instrumento nós vamos utilizá-los para poder resolver esse problema no Brasil. Custe o que custar, nós vamos utilizar todos os instrumentos possíveis que forem identificados como solucionadores do problema de enfrentamento da pandemia.?
Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Vacinas da Johnson & Johnson e da Pfizer
O governo federal anunciou a decisão de comprar doses das vacinas da Pfizer e da Janssen. Um acordo inicial com a Pfizer foi confirmado em reunião com a empresa na quarta-feira (3) e segue agora para assinatura do contrato.
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, comunicou que há uma reunião marcada com a Janssen, braço farmacêutico do laboratório Johnson & Johnson. O encontro ocorrerá no próximo dia 16 e vai discutir o uso emergencial da vacina.
Em reunião com a Janssen, o ministério da Saúde recebeu do laboratório uma sinalização de oferta de 38 milhões de doses. Já a negociação com a Pfizer envolve a oferta de cerca de 100 milhões de doses.
A decisão ocorreu após aprovação do Projeto de Lei 534/2021 pelo Congresso Nacional. A proposição autoriza os estados, os municípios e o setor privado a comprar vacinas contra a Covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil. No caso do setor privado, as doses devem ser integralmente doadas ao Sistema Público de Saúde (SUS) enquanto o público prioritário não tiver sido todo vacinado. A matéria segue para sanção presidencial.
Com informações das Agências Câmara e Senado e da Folha de S.Paulo
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