Em dia de recordes de mortos, Bolsonaro confraternizou ?alegre? em almoço

Aliados de Jair Bolsonaro (sem partido) o descreveram como um anfitrião "alegre? e "bem descontraído? nesta terça-feira (2), durante um almoço temático "informal? promovido no Palácio do Planalto. No pior momento da pandemia da Covid-19, o relato foi feito pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), convidado a preparar um leitão para o evento, à coluna Painel, da Folha de São Paulo.

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Enquanto Bolsonaro confraternizava com Ramalho e outros parlamentares, um grupo de governadores, que não se encontra com Bolsonaro há 286 dias, fez reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para deliberar novas medidas de controle da doença que vitimou 1.726 mortos em um único dia .

À coluna, Ramalho que não houve medidas concretas deliberadas no encontro no Palácio do Planalto, mas que o presidente falou da pandemia e disse que há muitas vacinas para chegar. O deputado, coordenador da bancada mineira no Congresso, também preparou linguiça, feijão tropeiro e carne moída com quiabo para o banquete.

"Ele [Bolsonaro] vai para Minas Gerais amanhã [quarta], se não me engano, e volta para lá no dia 26. Estava alegre, bem descontraído?, diz Ramalho, completando que há outro almoço já marcado para abril.

Negacionismo de Bolsonaro presente

As fotos do encontro mostram boa parte dos participantes sem máscaras. Em uma delas, apenas o convidado Romeu Zema (Novo-MG) e seu secretário, Matheus Simões, aparecem com a proteção, ao lado de outras sete pessoas, entre elas, Bolsonaro.

Nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou pela manhã uma nota do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal contra os lockdowns para conter a pandemia e à tarde tratou do episódio em que foi flagrado pescando em área de proteção ambiental, em 2012.

1.726 mortos

O Brasil registrou 1.726 mortes nesta terça-feira (2), maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia até agora. Em Porto Alegre (RS), o hospital Moinhos de Vento alugou contêineres para acomodar os corpos de vítimas da Covid-19.

Os últimos dias foram de articulação por parte dos estados e municípios. Secretários de Saúde divulgaram carta pedindo toque de recolher nacional das 20h às 6h. Lira e governadores citaram R$ 14,5 bilhões a mais para combate à Covid-19 no Orçamento 2021.

Com informações da Folha de S.Paulo