Instituto Pensar - Bolsonaro volta a defender cloroquina e diz que tratamento precoce não tem efeito colateral

Bolsonaro volta a defender cloroquina e diz que tratamento precoce não tem efeito colateral

por: Igor Tarcízio 


O presidente Jair Bolsonaro mostra caixas de hidroxicloroquina e Annita em trecho de live (Foto: Reprodução/Facebook)

Em conversa com apoiadores nesta segunda-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender a prescrição de medicamentos sem eficácia no tratamento da Covid-19. Segundo ele, tais remédios não possuem efeito colateral e não oferecem riscos aos pacientes.

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"Esses outros tratamentos precoces ? ivermectina, hidroxicloroquina, Annita, seja o que for ? não têm efeito colateral, então por que não tomar? Parece que, quanto mais morrer, melhor?, disse o mandatário.

Apesar do que defende o presidente da República, especialistas apontam risco de reações adversas em pacientes que usam essas medicações de maneira indiscriminada. Entre os efeitos relatados, estão tontura, dor de cabeça, aumento da pressão arterial, taquicardia e alterações gastrointestinais.

Bolsonaro e o tratamento fora da bula

A prescrição desses medicamentos para a Covid-19 não é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os efeitos adversos são raros quando as drogas são usadas no tratamento das doenças para as quais são indicadas, mas podem ocorrer quando usadas sem receituário médico e para funções não previstas na bula.

O presidente, porém, defende a prescrição off-label, isto é, fora da bula, dizendo ser um direito do médico tomar essa decisão.

"É um direito do médico trabalhar off-label, né? Quando tem matérias na imprensa que falam que tem tratamento em outros países, a gente manda embaixador confirmar, né. Alguns países têm confirmado tratamento precoce que tem dado certo. O que mandei confirmar agora é Coreia do Sul, que seria com a cloroquina?, declarou.

O mandatário também alegou que a imprensa teima em criminalizar o tratamento defendido por ele. "Por que a grande mídia teima ainda em criminalizar quem fala isso??

Promessa é dívida

Também nesta segunda, Bolsonaro afirmou que o Brasil terá, em março, mais 220 milhões de vacinas. Segundo ele, o país só poderia iniciar a compra dos imunizantes após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Alguns criticam o Brasil? a vacina a gente só podia comprar depois que a Anvisa autorizar, não podia comprar qualquer negócio que aparecesse. Então essas vacinas começaram a ser certificadas pela a Anvisa e estamos comprando?, discursou para seus apoiadores.

Com informações da Folha



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