Lira diz que não é hora de apontar culpados e descarta CPI da Covid
por: Nathalia Bignon
Em claro compromisso com Jair Bolsonaro (sem partido) e seu governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou nesta segunda-feira (1º) que deve descartar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a má gestão do presidente e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a pandemia da Covid-19.
Leia também: Governistas trabalham para barrar CPI da Covid-19 no Senado
Mesmo com três recordes na média de mortes em apenas uma semana e os mais de 252 mil óbitos já registrados pela doença no país, em entrevista ao programa "Fala Brasil?, da Record, o líder do Centrão defendeu que a prioridade deve ser imunizar a população. À emissora, Lira afirmou que a expectativa é conseguir 140 milhões de doses de vacina até maio.
"Depois que nós tivermos vacina para a população, nós vamos ter oportunidade, porque os fatos não se precluem, de fazer essa ou aquela CPI para analisar, investigar ou punir eventuais erros?, disse."Mas se agora pararmos o Congresso para discutir quem está errando ou quem errou, nós não vamos conseguir concentrar esforços para que a gente tenha a saída, o mais rápido possível, para que o Brasil tenha a sua população atendida com relação à pandemia, saúde, e a economia com condição de se manter em pé, para que nós não entremos numa recessão também.?
Auxílio como vacina à rejeição de Bolsonaro
Lira se reuniu com Bolsonaro na noite de domingo (28) para debater a renovação do auxílio emergencial anunciado pelo mandatário na última quinta-feira (25), após sucessivas pesquisas apontarem o aumento da rejeição ao seu governo.
Leia também: Após pressão, relator da PEC Emergencial mantém piso para saúde e educação
"Estivemos todos discutindo a PEC emergencial, o Pacto Federativo, que encontra-se no Senado, o auxílio emergencial e vacinas, claro?, disse. Segundo ele, a proposta que prevê gatilhos de ajuste fiscal deve ser lida nesta terça (2) no Senado e votada pelos senadores no dia seguinte.
Lira falou sobre o auxílio de R$ 250 reais por quatro meses, até junho, e afirmou que a ideia é que, no período, seja possível criar um programa permanente, "como Bolsa Verde e Amarela ou Cidadã?, com valor um pouco maior para atender aos integrantes do Bolsa Família e novos beneficiários. Participaram do encontro o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
Lira e a defesa da PEC da impunidade
Por fim, defendeu novamente a PEC da imunidade parlamentar, cuja tramitação acelerada foi barrada pela Câmara na última sexta (26).
"A única imunidade ali tratada é com direito a voto e voz, e essa você não pode absolutamente retirar do parlamentar?, disse.
Leia também: "Falta senso de prioridade?: socialistas se mobilizam para barrar ?PEC da Impunidade?
Segundo ele, o texto era importante para dar ao Supremo Tribunal Federal (STF)) um caminho sobre como tratar casos como o do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes (STF).
"Essa regulamentação, que a meu ver foi tratada de maneira injusta por alguns parlamentares, e no contexto da PEC (?) tínhamos que nos preocupar como ela sai da Câmara, não como ela chega?, afirmou.
O texto foi retirado de pauta por Lira e enviado a uma comissão especial. Agora, os partidos poderão indicar membros para compor o colegiado. Depois, o texto volta ao plenário.
Com informações da Folha de S.Paulo
0 Comentário:
Nome: | Em: | |
Mensagem: |