China erradicou a extrema pobreza com política realista, pragmática e socialista
por: Iara Vidal
A República Popular da China declarou oficialmente a erradicação da pobreza extrema no país. O anúncio foi feito pelo chefe de Estado chinês, Xi Jinping, nesta quinta-feira (25).
Durante o pronunciamento, o líder comunista afirmou que quase 100 milhões de chineses saíram da faixa nos últimos oito anos, no que ele qualificou como êxito diante de uma árdua tarefa.
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Jinping afirmou que o feito só foi possível graças a uma política realista e pragmática aliada ao sistema econômico socialista, que segundo ele pode reunir os recursos necessários para grandes tarefas.
O governo chinês afirma que foram investidos quase US$ 250 bilhões para se alcançar o objetivo.
A "vitória completa? na batalha da China contra a pobreza extrema ocorre no mesmo ano em que o Partido Comunista da China (PCC) comemora o centenário de fundação.
O objetivo de erradicar a pobreza extrema na China foi alcançado 10 anos antes do previsto pelo acordo daquele país com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Esta é a grande glória para o povo chinês, o PCC e a nossa nação! Um milagre na terra que deveria ser registrado na história?.
Xi Jinping
Agenda clara para erradicar a pobreza na China
O PCC elaborou uma agenda clara para realizar as metas da redução da pobreza e procurou medidas eficazes e especiais para diferentes regiões, como a redução da pobreza por meio do turismo, das indústrias e da ecologia.
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Desde 2012, o presidente chinês tem viajado para as comunidades empobrecidas, mais de 50 vezes, e aprendeu como é a vida das pessoas. A precisão era chave para o sucesso da China.
A estratégia de redução direcionada da pobreza foi apresentada por Jinping no final de 2013, que comparou a adoção de abordagens indiscriminadas a "matar pulgas com uma granada manual.?
De casa em casa, as perguntas eram quem precisa exatamente de ajuda, quem deve ajudar, como a ajuda deve ser realizada e quais normas e procedimentos devem ser adotados para sair da pobreza.
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Para acelerar o processo de erradicação da extrema pobreza, o governo chinês enviou milhões de funcionários da cidade para a linha de frente, que foram para as bases mais pobres e trabalharam com indivíduos em circunstâncias físicas difíceis.
A infraestrutura rural, a educação e a saúde melhoraram. Dados oficiais mostram que mais de 9,6 milhões de pessoas deixaram pequenas casas de tijolo que suscitavam preocupações de segurança.
Alguns hospitais rurais fizeram parceria com parceiros metropolitanos para oferecer serviços médicos de alta qualidade aos residentes rurais.
Extrema-pobreza para o PCC e para o Banco Mundial
O limite considerado como pobreza extrema na China é o de até 4 mil yuans de renda por ano, o que equivale a cerca de U$ 1,60. A cifra é menor do que a estabelecida pelo Banco Mundial, de cerca de US$ 1,90 por dia.
As autoridades chinesas argumentam, contudo, que apesar da diferença, se o limite for calculado com base na paridade do poder de compra, equivaleria a US$ 2,20 por dia.
Auxílio a outros países em desenvolvimento
A China oferece auxílios sem pré-condições políticas a países da Ásia, da África e da América Latina. Ao longo de sete décadas de República Popular da China, o gigante asiático forneceu mais de 400 bilhões de yuans a mais de 170 países e organizações internacionais.
O país também enviou mais de 600 mil pessoas para implementar mais de cinco mil projetos e formar mais de 12 milhões de profissionais para contribuir com a redução da pobreza em outros países.
Desde a sua reabertura econômica nos anos 1970, a China tirou da pobreza 770 milhões de pessoas, sendo responsável por 70% da redução da pobreza global.
No início da fundação da República Popular da China, o país era um dos mais pobres do mundo. Os chineses trabalharam para alcançar a abundância de alimento e vestuário.
Após o sucesso da tecnologia do arroz híbrido de Yuan Longping nos anos 1970, o país teve êxito em resolver o problema da segurança alimentar.
Agora, a China alimenta 20% da população mundial com apenas 9% de terras cultiváveis do planeta, e a produção de grãos ocupa o primeiro lugar no mundo por muitos anos consecutivos.
Como o maior país em desenvolvimento do planeta, os êxitos alcançados pela China na erradicação da pobreza aceleraram o processo da redução da pobreza em todo o mundo.
Com informações da CGTN e EFE
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