Instituto Pensar - Brasil completa um ano do primeiro caso da Covid-19 com pico de mortes

Brasil completa um ano do primeiro caso da Covid-19 com pico de mortes

por: Eduardo Pinheiro 


(Foto: Agência Brasil)

Na contramão do mundo, um ano depois do primeiro caso da Covid-19 registrado oficialmente no Brasil, o país vê um novo crescimento da doença e alcança o pior momento na pandemia. Em sete estados, o pico de mortes por Covid em 2021 já superou o ponto mais alto da pandemia em 2020. 

Na quarta-feira (24), às vésperas do ?aniversário? da pandemia, o Brasil ainda atingiu marca de 250 mil mortes pela doença após 35 dias seguidos com média móvel de mortes acima de 1.000. Também houve recorde média móvel de óbitos de toda a pandemia: 1.127. Roraima, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná e Amazonas são os estados que enfrentam a semana mais letal.

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A marca de 250 mil mortes só foi atingida pelo Brasil e os Estados Unidos, que nesta semana superou a marca de 500 mil mortes. O número de 250 mil pessoas assusta quando é colocado em perspectiva: é como se tivessem morrido 680 pessoas por dia desde que o primeiro caso de Covid-19 foi registrado no país. Isso equivale a 28 mortes por hora.

É como se a pandemia tivesse matado três Maracanãs lotados. Outro dado que também traduz o número: a pandemia matou até agora a mesma quantidade total de brasileiros que morreram de qualquer causa nos dois primeiros meses de 2019. O número de mortos ainda é quase seis vezes maior do que o de mortos por homicídio no Brasil em todo 2020.

Vacinação

Enquanto o vírus continua a avançar rapidamente e com variantes preocupantes pelo potencial de contaminação, como é o caso da P.1 (observada no Amazonas), da B.1.1.7 (Reino Unido) e da B .1.351 (África do Sul), a vacinação caminha a passos lentos.

A campanha nacional de vacinação contra a Covid teve início no fim de janeiro e só 7,6 milhões de doses (somadas as primeiras e segundas) foram aplicadas, o que representa 3,82% da população brasileira acima de 18 anos. Além do ritmo lento, também já houve registros de outros problemas, como a interrupção de vacinação em capitais e erros do Ministério da Saúde.

O país conta, até o momento, apenas com duas vacinas contra a Covid: a Coronavac, sob responsabilidade do Instituto Butantan, e o imunizante de Oxford/AstraZeneca, nas mãos da Fiocruz.

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Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu autorização para uso definitivo para a vacina da Pfizer, mas ainda não foi feito acordo para compra de doses do imunizante porque o governo não concorda com cláusulas do contrato da farmacêutica.

Com informações da Folha de S. Paulo e BBC News




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