Clã Bolsonaro nomeava familiares em seus gabinetes
por: Eduardo Pinheiro
Antes mesmo de se tornarem a família presidencial, o clã Bolsonaro se envolvia em polêmicas e mentiras. Desde 1991, quando Jair Bolsonaro assumiu seu primeiro mandato como deputado e deu início à trajetória da família na política, o presidente e seus três filhos (Flávio, Carlos e Eduardo) empregaram integrantes da família e parentes entre si em seus gabinetes. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (23) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Algumas dessas contratações vêm investigadas pelo Ministério Público (MP) por supostamente esconderem ?rachadinhas?, ou seja, repasse ilegal de salários aos parlamentares. Parentes da segunda ex-mulher de Jair, Ana Cristina Siqueira Valle, estão sob investigação. Alguns passaram primeiro pela assessoria do presidente, quando o mandatário ainda era deputado federal. Mas não há nenhuma apuração em curso a respeito disso.
O filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro, é o principal alvo das investigações e já foi denunciado à Justiça do Rio por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em seu gabinete. quando era deputado estadual no Rio, nove parentes de Ana Cristina foram assessores. Todos são de Resende, no sul do Estado, a mais de 160 quilômetros da sede do Legislativo estadual, onde supostamente trabalhavam.
Entre os investigados nesse caso, também estão o PM da reserva Fabrício José Carlos de Queiroz, sua mulher Marcia Oliveira e duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn. Os quatro eram assessores de Flávio.
Parentes de Ana Cristina também foram assessores de Carlos Bolsonaro (Republicanos) na Câmara Municipal do Rio. Ela foi sua chefe de gabinete na época que vivia em união estável com o pai do vereador. Esse período é alvo de outra apuração do MP. Mas ainda não há denúncia.
Família Cozzolino
Em Magé, na Baixada Fluminense, o prefeito Renato Cozzolino (Progressistas), eleito em 2020 com a irmã Jamille Cozzolino como vice, também transformou a gestão municipal em administração familiar. Ele nomeou sete familiares secretários. Isso é pouco mais de um terço das 17 secretarias.
A lista inclui: a própria Jamille (Cultura); Lara Adario Torres, noiva do prefeito, (Assistência Social e Direitos Humanos); Fernando José Assunção Cozzolino, primo dele (Trabalho e Renda); Vinícius Cozzolino Abrahão, também primo (Governo); Mauro Raphael Cozzolino Nascimento, outro primo (Fazenda); Felipe Menezes de Souza, cunhado (Esporte, Turismo, Lazer e Terceira Idade); Samyr Hard, tio (Infraestrutura). Não há acusação de desvio.
Quando questionado, no início do ano, o prefeito negou irregularidades. A prefeitura afirmou por nota que os familiares do prefeito foram contratados por competência. Ele disse à TV Globo que os laços de parentesco são "coincidência?.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo
0 Comentário:
Nome: | Em: | |
Mensagem: |