Onyx deixa Cidadania, enquanto Bolsonaro nega reforma ministerial
por: Eduardo Pinheiro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, no fim da segunda-feira (8), que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, assumirá o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Depois de quase um ano como ministro da Cidadania, Lorenzoni volta ao Planalto, após o governo sofrer denúncias de repasses de emendas e negociações de cargos no governo com membros do Centrão para eleger o agora presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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Em entrevista à TV Bandeirantes, no entanto, o presidente disse que a alteração é a única mudança que ele pretende fazer neste momento.
O posto de ministro da Secretaria-Geral está vago desde o final de dezembro, quando o então titular Jorge Oliveira deixou o cargo para assumir uma cadeira de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
"Eu tenho um ministério vago, que é aqui o da Secretaria-Geral, que a previsão é trazer o Onyx Lorenzoni de volta para cá e botar uma outra pessoa no Ministério da Cidadania. É isto o que está previsto.?
O jornalista, então, pediu uma confirmação, questionando se o ministro iria para a Casa Civil, cargo que Onyx Lorenzoni já ocupou: "Lorenzoni volta para a Casa Civil, é isso??
Ao responder, Bolsonaro afirmou: "Vai para a Secretaria-Geral. A Casa Civil está muito bem, excelente com o Braga Netto?. O presidente também negou que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, será trocado e acrescentou que ele ajudou no processo de envio de vacinas ao Brasil pela Índia contra o coronavírus.
"O relacionamento com o Centrão está bem, sem problema nenhum. Não dei nenhum ministério a eles?, afirmou.
Bolsonaro afirmou ainda que deve definir no próximo mês a que partido se filiará e ressaltou que tem conversado com o Patriotas. Perguntado sobre a relação turbulenta com o vice-presidente, Hamilton Mourão, ele disse que está "tudo bem?.
Clima nada ameno com Mourão
Apesar da declaração, em encontro fora da agenda oficial, Bolsonaro excluiu Mourão de uma reunião com ministros nesta terça-feira (9), assim como já tinha ocorrido na semana passada. A estratégia tem sido evitar as reuniões de Conselho de Governo, que contam com a participação do vice, e organizar outras, das quais ele pode ser excluído.
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Bolsonaro está descontente com Mourão e avalia que o vice usa as informações das reuniões de Conselho de Governo para dar declarações à imprensa nas quais rebate algumas ações e pontos de vista do presidente.
No fim de janeiro, um outro imbróglio colocou lenha na fogueira em que queima o relacionamento entre os dois: de acordo com o site O Antagonista, um assistente de Mourão teria circulado pelo Congresso para articular um eventual impeachment de Bolsonaro. O assessor acabou demitido, e Mourão, que vinha dando declarações constantes à imprensa, se recolheu.
Com informações da Folha de S. Paulo e O Globo
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