Vale assina acordo de R$ 37,68 bilhões para compensar tragédia de Brumadinho
por: Igor Tarcízio
O governo de Minas Gerais fechou na última quinta-feira (4) um acordo de R$ 37,68 bilhões com a mineradora Vale para tentar compensar parte da tragédia em Brumadinho, ocorrida em 25 de janeiro de 2019. À época, uma barragem de rejeitos minerais se rompeu e matou 259 pessoas, além de deixar outras 11 desaparecidas e causar danos socioeconômicos, estruturais e ambientais.
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Passados dois anos da tragédia, dezenas de reuniões e audiências no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o martelo foi batido. O governo trata o acordo como o maior da história do estado. Os entendimentos ocorreram por meio de duas ações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e uma do estado de Minas. O trato não contabiliza ações penais, danos desconhecidos e direitos individuais.
Aplicação da verba
Segundo apurou o Estado de Minas, o governo pretende aplicar o dinheiro do acordo na reforma de dois hospitais administrados pelo Estado em Belo Horizonte: o de Pronto-Socorro João XXIII e o Eduardo de Menezes.
Ainda na área da saúde, a ideia da gestão do governador Romeu Zema (Novo-MG) é investir na construção de cinco hospitais regionais para atender, sobretudo, as cidades mais atingidas pela catástrofe de 2019. Há, ainda, planejamento em prol de melhorias na Fundação Ezequiel Dias (Funed). O governo também quer sustentar a construção do Rodoanel, na Região Metropolitana da capital mineira.
Outra obra prevista é a reforma das escolas estaduais das 28 cidades atingidas pela contaminação do Rio Paraopeba. Além do auxílio às famílias prejudicadas pelo rompimento da barragem.
O recurso ainda poderá servir para garantir a segurança hídrica da Região Metropolitana de BH. Nos planos, também, a compra de helicópteros para as forças de segurança do Estado.
Acordo com a Vale
A oficialização do acordo teve, além de representantes da Vale e do governador Zema, a presença do Procurador-geral da República, Augusto Aras. A reunião foi conduzida pelo desembargador Gilson Soares Lemes, presidente do TJMG. O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Mauri Torres, também participou, fora outras autoridades.
Zema ressaltou que órgãos como o TCE e a Assembleia Legislativa vão acompanhar a aplicação dos recursos.
"A população de Brumadinho e os representados foram escutados exaustivamente. Temos de lembrar que, numa situação como essa, existem pessoas à procura de holofotes, que não representam, efetivamente, os atingidos?, disse. "As obras serão executadas o mais rapidamente possível, em prol do povo mineiro?, disse o governador.
Com informações do El País e Estado de Minas
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