Instituto Pensar - Partidos reforçam urgência do ?Fora, Bolsonaro?

Partidos reforçam urgência do ?Fora, Bolsonaro?

por: Nathalia Bignon e Igor Tarcízio


Segunda edição do Janelas Pela Democracia reuniu nomes do PSB, PV, PDT, Rede e Cidadania ? (Foto: Reprodução)

Lideranças do PSB, PDT, Rede, PV e Cidadania voltaram a se unir, virtualmente, na noite desta quinta-feira (4) para reforçar a necessidade e a urgência da saída de Jair Bolsonaro (sem partido) da presidência da República, durante a segunda edição do "Janelas pela Democracia".  

Reafirmando a necessidade de trilhar o caminho legal, pacífico e democrático do impeachment do atual mandatário, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, declarou que o afastamento de Jair Bolsonaro já se sobrepôs à qualquer disputa política. Segundo ele, é uma questão pela sociedade brasileira.

Referindo-se ao ex-capitão do Exército como "profeta da ignorância?, Lupi salientou que um país não se constrói sem "resistir em nome do seu povo, em nome da democracia, em nome das minorias que são a maioria da nossa pátria?.

"Resistir à força, à opressão dos mandatários de plantão que usam todo o aparato à disposição para se perpetuar. Nós, do PDT, partido que completa 42 anos, partido dos cassados, dos exilados, precisamos honrar essa bandeira, dos milhares de brasileiros que lutaram e morreram na Ditadura. Impeachment não é só uma palavra, é a libertação que está engasgada na garganta do povo brasileiro?, afirmou.

"Conjunto de crimes de responsabilidade?

Ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes reiterou o "conjunto de crimes de responsabilidade? que fazem absolutamente justa a punição do atual chefe do Executivo. "Bolsonaro atenta contra o regular funcionamento dos poderes, está controlando parte da Polícia Federal, manipulando a Procuradoria-Geral da República, propondo, via fake news, o fechamento das instituições, como o STF e o Congresso Nacional?, enumerou.  

Depois de fazer o Brasil o lugar com o maior número de mortes, proporcionalmente, à população, Ciro ainda recordou que o presidente vem acobertando seus filhos e chegou a distribuir R$ 3 bilhões para "subornar consciências e eleger uma pessoa que é ré no STF para a presidência da Câmara?.

"É o povo brasileiro, neste momento, com a inflação de volta, com o maior desemprego da história, é o povo sofrendo a traficância de influência para ter o direito de se vacinar e esta gente se refestelando nos banquetes de Brasília?, criticou o vice-presidente do PDT.

?Projeto de destruição do Brasil?

"Resultado de um projeto de destruição do Brasil?. Foi como o deputado federal Camilo Capiberibe (PSB-AP) fez referência ao governo do chefe do Executivo. Citando as negligências criminosas do mandatário, como o desincentivo às práticas de prevenção ao coronavírus, Capiberibe expôs o verdadeiro culpado pelos mais de 227 mil mortos pela Covid-19 e outros 14 milhões de brasileiros desempregados: o governo de Jair Bolsonaro.

E com um pedido de ?basta?, ele finalizou: "Não existe saída para o Brasil sem afastamento imediato do presidente Jair Bolsonaro. Para a economia se salvar e a vida de milhões de brasileiros?.

Bolsonaro, o ?vírus antidemocrático?

A ex-ministra do Meio Ambiente e uma das fundadoras da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, lembrou que Bolsonaro vem atuando, desde o início da pandemia, para disseminar "o vírus da atitude antidemocrática e também o coronavírus, que já ceifaram mais de 200 mil vidas no país?.

"Vamos nos mobilizar. Nossa disposição para o diálogo tem conteúdo, e o conteúdo é em defesa da dignidade humana, do desenvolvimento sustentável e da democracia. Tem também forma. E a forma é democrática, com a participação de todos os homens e mulheres, daqueles que não aceitam que queiram nos impor um destino. O que queremos é construir um projeto de país?, apontou.

?Em defesa da vida?

O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) reiterou a postura de sua sigla, que já em 2020, apontava que a continuidade da gestão Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do coronavírus, "seria um desastre. Significaria condenar milhares, dezenas de milhares, centelhas de milhares de brasileiros à morte?.

"Outros partidos discordaram de nós, dizendo que não era hora de fazer luta política, mas de cuidar apenas do coronavírus. Infelizmente nós estávamos certo. Bolsonaro permaneceu à frente do governo federal e promoveu o pior enfrentamento à pandemia do coronavírus do mundo. Ele estimulou aglomerações, desestimulou o uso de máscaras, receitou remédios que não funcionam, disse para as pessoas que isso era uma ?gripezinha? e que, infelizmente, algumas vidas seriam perdidas mesmo, ?fazer o que??. E o resultado está aí? Mais de 220 mil brasileiros mortos e ele sabotando a busca pela vacina. Não dá mais para esperar, já passou da hora. É fora Bolsonaro, em defesa da vida dos brasileiros?, frisou.

?Desprezo pela vida do povo brasileiro?

Companheira de partido, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) disse também que o governo do "presidente Bolsonaro está marcado pela morte?. "Homens e mulheres que perderam a vida para o vírus, vírus que podia ser evitado, se nós estivéssemos com mais isolamento, com estímulo de uso de máscara e o reconhecimento de que se tratava de uma pandemia e de uma doença grave, mas o presidente negou tudo isso?.

"Não é possível continuar com esse presidente que despreza a vida do povo brasileiro. Impeachment já, agora, para termos chance de salvar a vida de milhões de brasileiros e brasileiras, para retomar uma política de geração de empregos, para retomar o auxílio emergencial e para efetivamente termos uma vacinação, pelo SUS, de toda a população brasileira?, ressaltou.

?Brasil asfixiado?

Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que o Brasil "sofre asfixiado com a pior crise de sua história?. Para  senador, está mais que comprovada que a omissão e a irresponsabilidade de Bolsonaro inscrita na morte de milhares de brasileiros.

"A causa do impeachment deixou de ser uma causa de partidos e passou a ser uma causa humanitária, em defesa do Brasil, em defesa do brasileiros?, reforçou.

Exploração criminosa do país

Para o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, "é clara a intenção destruidora de um presidente cujos interesses estão diretamente ligados à exploração criminosa dos recursos naturais do Brasil?.

Mencionando ações negligentes em relação à agenda ambiental, como ignorar as queimadas, o desmate da Amazônia, e culpabilizar os povos indígenas e pequenos rurais, além de reduzir drasticamente os investimentos em proteção à biodiversidade e ao combate às mudanças climáticas, Penna pediu: "impeachment antes que seja impossível reverter o mal causado?.

Para assistir ao vídeo completo, clique aqui.



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