Após sete anos, Lava Jato em Curitiba chega ao fim
por: Eduardo Pinheiro
Como anunciado em dezembro de 2020 pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, a força-tarefa da Lava-Jato no Paraná deixou de existir oficialmente nesta quarta-feira (3). A partir de agora, parte de seus integrantes passará a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF) do Paraná.
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Até outubro, outros procuradores continuarão em alguns processos que ainda correm na Justiça Federal do Paraná.
"A força-tarefa paranaense deixa de existir, porém alguns de seus integrantes passam a atuar no Gaeco, com o objetivo de dar continuidade aos trabalhos?, afirmou, em comunicado, a força-tarefa.
Desde março de 2014, a Lava Jato abriu 79 fases e condenou 174 pessoas. Entre elas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.
Segundo o MP, R$ 4,3 bilhões foram devolvidos por meio de acordos de colaboração premiada e de leniência. Ao todo, esses acordos deverão devolver R$ 15 bilhões aos cofres públicos.
Apesar da ?Vaza Jato?
A despeito dos vazamentos de conversas entre procuradores no escândalo que ficou conhecido como ?Vaza Jato? ? comprovando os conluios e ilegalidades envolvendo seus integrantes -, o procurador Alessandro José de Oliveira, que assumiu a direção da força-tarefa após a saída de Deltan Dallagnol, em setembro, afirmou que o "legado da força-tarefa Lava-Jato é inegável e louvável?. Ele seguirá como coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco.
A institucionalização do grupos anticrime traduz a meta encampada por Aras de redesenhar o Ministério Público Federal, pondo fim às forças-tarefas. Em julho, após desentendimentos com o grupo, o PGR defendeu a necessidade de superar o ?lavajatismo? e levantou suspeitas sobre o volume de dados conservado pela força-tarefa e os critérios usados para obtê-los.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e O Globo
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