Instituto Pensar - ?Sou da Paz? vai ao STF contra redução de tarifa de importação de armas

?Sou da Paz? vai ao STF contra redução de tarifa de importação de armas

por: Nathalia Bignon 


Jair Bolsonaro (sem partido) em clube de tiros ? (Foto: Reprodução Facebook)

Engrossando o coro contra a política armamentista de Jair Bolsonaro (sem partido), o Instituto Sou da Paz ingressou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a tentativa do governo de zerar a tarifa de importação de armas de fogo. No início de dezembro, atendendo à proposta do Palácio do Planalto, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou a tarifa de 20% que incidia sobre revólveres e pistolas, o que deixaria as importações destes equipamentos mais baratas.

Leia tambémBolsonaro quer derrubar liminar que proibiu zerar imposto de importação de armas

O ministro Edson Fachin, atendendo a um pedido do PSB, concedeu uma liminar congelando os efeitos da medida. A decisão será avaliada pelo plenário do tribunal em julgamento previsto para o próximo dia 5 de fevereiro, de acordo com a coluna Painel, na Folha de S.Paulo.

A partir de pareceres internos elaborados durante discussão da proposta, o Planalto abandonou o principal argumento em favor da redução da tarifa de importação: a de que os armamentos seriam usados pelas forças de segurança. E decidiu ampliar a medida para todos os interessados em comprar armas importadas.

Leia tambémMolon quer sustar norma que desburocratizou posse e porte de armas

Isso porque a área técnica apontou que a medida afrontaria a Constituição e só poderia ser levada adiante por meio de mudança na lei, no Parlamento. A Camex é um colegiado exclusivo do Poder Executivo e, por isso, o alcance de suas decisões é limitado.

?Aumento dramático da circulação de armas de fogo?

No pedido, o Sou da Paz argumenta que pretende engrossar o coro de críticos "apontando a importância dos efeitos danosos potencialmente produzidos pela norma, notadamente as sérias consequências do aumento dramático da circulação de armas de fogo?.

Na semana passada, o Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores já havia entrado com o mesmo pedido. O grupo é formado por defensores de 11 estados. O Instituto Igarapé também requisitou ter voz durante o julgamento da ação.

As entidades participam como debatedoras do tema em julgamento perante à corte.

Com informações da Folha de S.Paulo



0 Comentário:


Nome: Em:
Mensagem: