Após tumulto de Lira, oposição terá cargos na Mesa Diretora da Câmara
por: Igor Tarcízio
Seguindo o estilo de Jair Bolsonaro (sem partido) de fazer política e gerar alarde ao tentar anular, na segunda-feira (1º), a eleição para cargos da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e líderes partidários chegaram a um acordo para realizar a escolha dos nomes indicados para as vagas nesta quarta (3). Agora, partidos de oposição terão pelo menos dois dos seis cargos disponíveis, além de metade das suplências.
A eleição está marcada para às 10 horas de amanhã. Pelo acordo fechado na reunião, a divisão dos cargos ficará assim:
- Primeira vice-presidência: PL
- Segunda vice-presidência: PSD
- Primeira secretaria: PSL
- Segunda secretaria: PT
- Terceira secretaria: PSB
- Quarta secretaria: Republicanos
- Suplentes: PDT, DEM, PV e PSC
Distribuição de cargos
O acordo mantém o PL na 1ª vice-presidência, com o deputado Marcelo Ramos (AM). A 2ª vice-presidência continua com o PSD, ocupada pelo deputado André de Paula (PE). A primeira secretaria ficaria com o PSL e seria ocupada pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE) ?aliado de Maia e agora desafeto do presidente Jair Bolsonaro.
Já a segunda secretaria ficaria com o PT, que integrou o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pelo comando da Câmara e, na divisão anterior, ficaria com a 1ª secretaria. O nome mais forte para ocupar o posto é o de Marília Arraes (PT-PE), mas a deputada é considerada muito alinhada a Lira, o que teria impedido do partido bater o martelo sobre o nome.
A 3ª secretaria seria de Marcelo Nilo (PSB-BA). O partido também fazia parte do bloco de Baleia e disputava a vaga com o PSDB, que queria a titularidade. No entanto, o líder do grupo, Isnaldo Bulhões (AL), indicou o PSB para ocupar a vaga. Contudo, seguinte informações do Uol, a expectativa do grupo mais próximo a Lira é de que o PSDB ainda brigue pelo vaga. A quarta secretaria ficou com o Republicanos.
Ação
Mais cedo, o PDT entrou com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ato de Lira que retirou seus adversários dos cargos de comando da Casa. Os pedetistas faziam parte do bloco de apoio a Baleia, candidato derrotado na disputa, com 145 votos. Lira obteve 302.
Diante da decisão de Lira de reverter a última medida de Maia, o partido entrou com mandado de segurança com pedido de medida liminar de urgência contra o primeiro ato do novo presidente da Câmara.
Com informações da Folha de S. Paulo
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