?Se prepara, Jair Bolsonaro, sua hora vai chegar?, diz Kataguiri; veja vídeo
por: Eduardo Pinheiro
Em discurso em defesa de sua candidatura à presidência da Câmara, na noite da segunda-feira (1º), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua família de "vagabundos e corruptos?.
Sobre a eleição, que teve como foco a disputa entre Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP), Kataguiri afirmou que sua candidatura era um "protesto? e que prefere "perder uma eleição? do que perder a alma. A vitória de Lira ocorreu em meio a denúncias de compras de votos pelo Planalto, recorde de repasses de emendas parlamentares e negociações de postos de comando no governo bolsonarista.
"Se prepara, Jair Bolsonaro, sua hora vai chegar. Você vai aprender que quando se vende a alma ao demônio, o capeta cobra com juros e correção monetária?, acrescentou. "Bolsonaro é corrupto, vagabundo, quadrilheiro e tchutchuca do centrão?, emendou.
Segundo Kim Kataguiri, o governo ofereceu a aliados cargos em órgãos públicos que administram R$ 110 bilhões em recursos. "Indiciados e réus, é na mão dessa gente que esses cargos se encontram hoje?, afirmou.
O deputado também destacou que, quando concorreu à presidência da Câmara na legislatura passada, Jair Bolsonaro criticou a atuação do Poder Executivo na época, mas agora, como presidente, faz o mesmo.
"O Executivo sempre interfere [na eleição para a Mesa Diretora], mas não podemos ter uma Câmara que não cria leis, que não representa os anseios do povo, que é submissa ao Judiciário?, leu o deputado, reproduzindo Bolsonaro.
Kim Kataguiri ainda acusou Bolsonaro de trair os eleitores. "Prometeu acabar com a mamata, com o toma-lá-dá-cá?, afirmou. "Mas dobrou os gastos com cartão corporativo, sugeriu a extinção do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] para proteger a si mesmo e à família?.
"Não tem privatizações, não tem reformas?, destacou. "Era contra a reeleição, agora já pensa em 2022?, disse. "Nos poucos projetos que apresentou, não fez nada para que fossem aprovados, isentou-se da responsabilidade?, afirmou.
Com informações do UOL e Agência Câmara
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